sexta-feira, 30 de abril de 2010

- Foi ontem…

O que acham que vai ser ou, se já viram, como foi?

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quarta-feira, 28 de abril de 2010

- Já vi: Velvet Goldmine (1998)

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Velvet Goldmine

What is true about music is true about life: that beauty reveals everything because it expresses nothing.

A imagem é, para muitos, a sua máscara. Man is least himself when he talks in his own person... Give him a mask and he'll tell you the truth. É assim se vê uma pessoa, um artista, um músico.

Situamo-nos na época do glam rock, deixou de haver medo, começou haver censura mas ao mesmo tempo eloquência. Os trajes eram agora coloridos, arrojados, extravagantes. O mundo assumia-se como bissexual e a revolução dava-se por entre a música. Artistas assumiam-se no glam, sem medo, mas sempre através de uma máscara.

É assim que vemos este filme – uma máscara. Retomando à história, esta segue um jornalista (espantoso Christian Bale) que investiga o falso homicídio de um grande cantor de glam, Brian Slade ( Carismático e sublime Jonathan Rhys Meyers).

Todd Haynes adora música e complexidade, os seus filmes assumem estes traços característicos. A sua marca. Fez-lo em I’m Not there e antes fez neste Velvet Goldmine. Um filme muito mais colorido e pirotécnico que I’m Not there mas ambos brilhantes.

Velvet Goldmine encara o mundo com personagens de alter-egos e estereótipos que são, transpostos para as personagens deste filme. Dá-se, por exemplo, o Curt Wild e a sua semelhança Kurt Cobain, ou, Christian Bale, um jornalista que esconde o seu passado irreverente. Pessoas que assumem pessoas-base na sociedade. Não formam uma só pessoa, mas uma base de pessoas.

Uma dos prós em relação a este filme é a forma como ele nos abraça. Abraça-nos através da câmara, através das interpretações, através da história, através da música. Tudo isto, coordenado e embelezado de uma forma singular e irreverente. O filme é, todo ele um espectáculo colorido e brilhante que emana espiritualidade, reflexão e encantamento. Assim, Velvet Goldmine é, na ausência de melhores palavras, um filme vivo, um hino à liberdade!

 

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segunda-feira, 26 de abril de 2010

- Já vi: Ivanovo Detstvo (1962)

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Ivan’s Childhood – A Infância de Ivan

O encontro mensal de blogs que se realizou no passado dia 24 de Abril no festival Black & White tinha, como principal temática, o preto e branco. Nesse encontro de blogs referi este filme como uma pérola que só funcionaria no preto e branco. E o porquê surge nesta mesma crítica.

A história centra-se durante a guerra, e concentra-se em Ivan (Nikolay Burlyaev), um rapaz de 10 anos que, depois da sua mãe ter sido assassinada, fica sugado numa onde de vingança. Ivan, irá cumprir serviços durante a guerra enquanto nós desbravamos o passado de Ivan.

A fita apresenta, a meu ver, o seu fruto de expiação nos flashbacks, pois, embora a fita se faça no decorrer da amargura, é nos resquícios da mente de Ivan que nós vemos as melhores cenas do filme como, por exemplo, a cena final formidável!

Como já referi anteriormente, o preto e branco resulta na perfeição nesta fita. Tarkovsky através de uma realização oportuna e com grande influência do preto e branco, filme a expressividade de Ivan - a vingança, a dor, a felicidade, o vazio. O preto e branco aqui foca a imagem de Ivan muito melhor que a cor algum dia consegueria, aliás, se estivéssemos perante uma obra a cores, entendamos por cor como mais que o preto e branco pois este filme é do mais colorido na forma de talento, a obra não teria tanto impacto no espectador. Nós não vivemos a guerra e a dor que esta arrecada através de uma câmara que foca o cenário, não, nós vimos a guerra através da pele de Ivan, por entre os olhos de Ivan, tudo isto pelo seu rosto, nós vivemos a guerra através do seu rosto…

Tarkosvky promete…

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sábado, 24 de abril de 2010

- Já vi: Trainspotting (1996)

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Trainspotting

Choose. Choose a life. Choose a job. Choose a starter home. Choose. Choose. Choose. Porquê escolher (Choose)? Porquê afogar-se na amargura da vida quando se pode viver em sonhos?

A droga perpetua no mundo. Abala pessoas, anima outras, mas no fim, leva todas à desgraça, miséria e bancarrota. Começa-se a roubar, a mentir ou até matar para “matar” o vício. Tudo se faz num mundo de droga, onde existe os supostos amigos. E existe as inúmeras tentativas falhadas de desintoxicar.

É com esta premissa que se inicia Trainspotting. Um british movie que fala do mundo, e abala o mundo. Leva algum tempo para absorver toda esta informação que nos é dada no decorrer da fita.

Trainspotting é mais que um trabalho técnico. Danny Boyle, assina aqui a sua obra-prima. A banda sonora está espectacular. O ambiente escocês muito bem definido. Mas é nas interpretações e no argumento que Trainspotting se sobressai. Ewan McGregor, o protagonista do filme e o secundário na sua própria vida, tenta, desesperadamente, libertar-se da droga mas nunca consegue. Para isso, tem a “ajuda” de Jonny Lee Miller, Kevin McKid, entre outros. Mas é, indubitavelmente, McGregor que se salienta na obra. Penetrante e frustrante são alguns dos adjectivos com que podemos caracterizar a sua personagem.

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Pelo meio, existem referências ao mundo. Existe aquele amigo que se mantém fora dos vícios, existe aquele amigo indesejado que se afoga em problemas e nos afoga em angústia, e até existe aquela menina que se passa por adulta quando, afinal, não o é. Até existe uma referência aos The Beatles e à capa do álbum Abbey Road. Estereótipos. A vida.

Mas é isso mesmo. Trainspotting é isso mesmo.(O que é trainspotting?). A vida real. Crua e nua. Onde os drogados assumem o papel secundário na sua vida e em vez de escolher uma vida, escolhem afugar-se na droga, num subconsciente paralizado e inconsciente, afundam-se em momentos que não são protagonizados na sua completa sanidade. E ainda definem droga. Peguem no sexo e multipliquem-no por mil, e mesmo assim não chegará à droga!

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

- Parece que é a minha vez…

…de vos falar acerca de Iron Man 2. Com a estreia a aproximar-se, é já para a semana(!), venho aqui dizer que acho que este filme não vai passar de simples entretenimento e vai passar ao lado em muita coisa da BD. Resta-me dizer que gostei imenso do primeiro capítulo e esperar que esteja enganado!

 

quarta-feira, 21 de abril de 2010

- Já vi: Mysterious Skin (2004)

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Mysterious Skin – Pele Misteriosa

Two Boys. One can’t remember. The Other can’t forget.

É com esta premissa que deparamos em Mysterious Skin. Dois mundos, dois rapazes, duas vidas, aliadas a uma infância em comum. Enquanto Neil (Joseph Gordon-Levitt) um rapaz que é violado em miúdo e que muda por completo o seu mundo. Torna-se homossexual e vive a vida como prostituto na sua adolescência. O outro rapaz, Brian (Brady Corbet), a quem desapareceu horas misteriosamente e o seu nariz sangra sem razão, começa a procurar respostas em extraterrestres e pensa que foi uma das suas vítimas. Mas ambos os jovens partilham em comum uma experiência aterradora, ambos mudados por essa mesma experiência.

Pele Misteriosa é um filme subvalorizado. A arte da realização de Gregg Araki que torna esta fita singular, é, de todo, espantosa. Cada frame, envolve-nos com uma perfeita sonoplastia juntamente com uma experiência nua e psicologicamente perturbadora. O filme, filma de forma poética algo que é assustador – a pedofilia. Mas a pedofilia é algo abrangente, causa buracos nas pessoas, e nesses buracos as pessoas escondem-se ou ainda o tornam mais visível.

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Uma das grandes mais valias deste filme é o jovem Joseph Gordon-Levitt é um dos melhores actores da sua geração, além de ser um dos melhores, é um dos mais protegidos e desconhecido. Mas o seu talento é visível em cada obra que marca e esta não é excepção. Levitt tem aqui um papel difícil mas que ele consegue fazer justiça. Por outro lado, Brady Corbet tem um papel mais fácil mas também ele arrecada uma interpretação sólida.

O mundo é um lugar assustador. Uns se escondem outros se expandem. As experiências da nossa infância podem mudar todo o curso da nossa vida e é com isso que Mysterious Skin nos mostra, de forma poética mas verdadeira. A par de todos os aspectos envolvidos na fita que estão perfeitos. Um soco no estômago. Uma história inefável.

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terça-feira, 20 de abril de 2010

- The Other Guys

 

O conceito parece um pouco cliché e muito usado, mas o trailer diverte e entretém. O que se espera mais?

O elenco conta com Will Ferrell e Mark Wahlberg como protagonistas e no resto do elenco temos Samuel L. Jackson, Dwayne Johnson e Michael Keaton.

O motion poster está fabuloso! (Clica aqui)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

- “O meu Realizador, o meu elenco”

Para os que frequentam assiduamente o CineObservador, assim como eu, conhecem a iniciativa bastante carismática de Daniel, intitulada “O meu Realizador, o meu Elenco” e que, desta vez, conta comigo no seu questionário. Visitem!

o meu realizador, o meu elenco

Referir o meu obrigado ao Daniel e dizer que acho que este grupo de profissionais fariam um filme espantoso, mesmo não sendo os meus actores preferidos…

- The Messenger (2009)

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The Messenger – O Mensageiro

Há muitos filmes de guerra. E, aliás, existem bons filmes da guerra. Um desses casos é o grande vencedor do Óscar deste ano, The Hurt Locker (crítica aqui). Mas enquanto todos filmaram a frente da batalha, The Messenger preocupou-se com as baixas da batalha. É assim que começa a história d’O Mensageiro onde um soldado que ficou incapacitado por uns tempos devido a um tiroteio na guerra, Will (Ben Foster), junta-se a Stone (Woody Harrelson) um coronel que nunca foi à guerra mas que é extremamente rígido. Juntos, irão notificar os entes queridos das pessoas que perdem a sua vida em batalha ou, pelo menos, em serviço pelo exército.

 

The Messenger não é um filme notável, tecnicamente. É na temática humana que se sobressai e para isso tem a ajuda de Foster e Harrelson, até porque este último quando não desaparece, carrega o filme às costas com uma banda sonora apetecível.

Assim, como descrevi anteriormente, é na temática humana e nas interpretações que o filme se faz sentir. No entanto, é a câmara, que mais parece um amador que anda às escondidas a tentar filmar os protagonistas, onde se nota o maior fracasso.

Agora, a temática humana é formidável. Por momentos, conseguimos mesmo sentir aquela dor e pressão que aquelas pessoas sentem naqueles momentos mas, o argumento, perde-se um pouco e não aprofunda como deve ser. Enfim, The Messenger não é um mau filme mas também não é um excelente filme pois não explorou da forma exacta o seu potencial…

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sábado, 17 de abril de 2010

- Já vi: Eternal Sunshine of the spotless mind (2004)

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Eternal Sunshine of the spotless mind – O Despertar da mente

Joel (Jim Carrey) é um homem que vive uma vida monótona, até que conhece Clementine (Kate Winslet), uma mulher impulsiva que muda a cor do cabelo várias vezes. Juntos irão viver uma relação, no entanto, ao acabarem a relação, ambos entram num processo de  “apagar” do cérebro as memórias que cada um vive com o outro. O problema é quando Joel, a meio do processo e insconsciente, luta para fugir do mapa das memórias a fim de guardar lembranças de Clementine.

Jim Carrey provou ser um óptimo actor com filmes como Man on the Moon ou The Truman Show. Carrey foi sempre um actor de comédia com os típicos gestos cómicos que entretém qualquer um e neste filme consegue, fascinantemente, ter a melhor interpretação da sua carreira, num filme com traços cómicos de Jim mas na sua essência, um filme de drama e da vida real com uma pitada de humor negro.

 

Como já referi anteriormente, Jim a par de Winslet provam as excelentes interpretações deste filme onde se juntam outros nomes sonantes e talentosos como Mark Ruffalo, Kirsten Dunst e Tom Wilkinson. A par das interpretações temos uma banda sonora bem-disposta e muito bem sincronizada.

 

Mas não é só à frente do ecrã que o filme se sobressai. A realização de Michel Gondry é arrojada e roça o fabuloso, por vezes. Por outro lado, temos o argumento que causa-nos o déjà-vù mas nunca nos deixa perder o fio à meada e nos demonstra o poder da 7ª arte.

As memórias são algo fabuloso. Desvanecem e consigo podem levar tristezas ou alegrias, lágrimas ou sorrisos, como, hipoteticamente, apagar alguém da nossa vida? A pergunta é solucionada neste filme, mas claro, na vida real, esse caminho para o esquecimento requer ainda mais trabalho e não há uma máquina que o faça por nós! Estará este filme a dizer que também nos iremos tornar tão dependentes de tecnologias que até para esquecer um amor perdido o faremos através de máquinas?

 

Em suma, todos os aspectos deste filme me “despertaram”! Um exemplo perfeito da 7ª arte onde nos presentei com um Jim Carrey num registo diferente, mas completamente extraordinário, por fim, temos uma temática interessante que nos dá a volta à cabeça e merece ser revisto…

A Frase: “Constantly talking isn’t necessarily communicating.”

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quinta-feira, 15 de abril de 2010

- Alguém conhece?


Desde a primeira vez que o vi, intrigou-me. De vez em quando, lá eu ponho o olho ao trailer. Alguém conhece o filme? Está disponível em DVD? Quando estreia no cinema?

Help!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

- I want you to kick ass!

Kick-ass é um projecto, no mínimo, divertido. Mas as expectativas são altas face a este projecto que esperamos que seja algo singular (sem contar com uma sequela, se existir),muito divertido e que faça jus à BD!

 

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terça-feira, 13 de abril de 2010

- Já vi: The Big Lebowski (1998)

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The Big Lebowski – O Grande Lebowski

Eu sempre gostei de humor negro. Crítica satírica, crítica à sociedade, enfim, humor negro e crítico foi sempre algo que me despoletou interesse e humor. Ora, um dos nomes indicados nesse registo são os irmãos Coen, neste caso, Joel Coen com o argumento escrito por ele e Ethan Coen.

A história, mais parece uma screw comedy, aliás, é uma screw comedy, onde é contada a história de Lebowski, ou O Gajo, que é interpretado por Jeff Bridges, o Gajo é um desempregado pacifista que vive para a descontração e para jogar bowling. Quando o confundem com outro Lebowski, O Gajo entrará numa teia de complicações na tentiva de ajudar a entregar um resgate, e tudo mudará para O Gajo…

Joel Coen filma muito bem esta excelente comédia – realização arrojada, interventiva e com algumas novidades, nomeadamente a câmara dentro da bola de bowling. A banda sonora continua espectacular, este “continua” porque é um hábito os irmãos terem uma banda sonora muito boa nos seus filmes e, neste caso, muito variada.

A história não é satírica, por vezes pode possuir alguma crítica à sociedade como as aparências e assim, mas de resto, é uma screw comedy, e das melhores que já vi! O filme é todo hilariante com acasos e desacasos que tornam os actores o suporte da história que, enfim, pouco tem a dizer além de nos divertir, e isso não significa que seja mau(!)

As interpretações estão um máximo, a dupla de protagonistas está espectacular! Bridges parece que foi feito para aquele papel de homem “relax” que fuma marijuana enquanto, existe John Goodman, um meio-judeu que possui uma atitude inegável e que passa os dias a jogar bowling e a relatar sobre os tempos vividos no Vietname.

Em suma, The Big Lebowski é uma grande screw comedy, que diverte à brava(!), com boas interpretações, uma boa realização e com uma pitada de banda sonora bem disposta a acompanhar…

A Frase: “Where's the fucking money Lebowski?”

 

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segunda-feira, 12 de abril de 2010

sábado, 10 de abril de 2010

- “O” Filme

 

A seguinte crítica pode conter spoilers.

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Donnie Darko

Há tempos que ouvia falar deste filme. Vi várias críticas mas nunca as li. Vi pontuações parecidas e nunca questionei. No outro dia estava em casa e pensei “E que tal ver o Donnie Darko?”, estava eu a ver um vídeo no youtube a dizer quala única razão para ver S.Darko, a continuação de Donnie Darko, e essa razão era uma cabeçada que um actor dá a outro. Então, decidi ver o Donnie Darko. E não é que em dois dias vi-o duas vezes e nem posso dizer que ele é perfeito, não posso dizer que é sublime, por mais que tente, palavras são insuficientes para descrever esta espantosa fita escrita e realizada por Richard Kelly em 2001.

A história, acompanha um rapaz paranóico, Donnie Darko (Jake Gyllenhaal), que acompanha uma data decrescente até ao fim do mundo. Mas tudo muda quando Donnie sai do quarto na noite que um turbina de um avião, que se desconhece paradeiro, cai no seu quarto. Agora, Donnie terá a oportunidade de viver esse tempo descrescente mas a cada momento se torna mais inquieto e torna-se um delinquente mais provocador.

Donnie Darko não é um filme que agradará a todo, aliás, quem não se render por completo a este filme e acompanhar o seu longo processo nunca o irá perceber. Irão perder uma obra-prima. Uma obra que tudo é perfeito.

A realização de Richard Kelly é sublime, perfeita! Os slow motions e os fast forwards extremamente adequados e relevantes, os movimentos da câmara são emotivos e magistrais.

O argumento, ai o argumento, mas que argumento! É indescritível a forma como Kelly com a sua escrita nos leva a viajar por espaços e tempos nunca antes trespassados por outro realizador.

 

A sonoplastia é excepcional, cada frame é abraçado por um som magistral que é excepcionalmente manobrado pela câmara que nos conduz, quase sempre, a Jake Gyllenhall, sim, Jake é one man show e apresenta-nos uma interpretação tão credível e perfeita que nos põe a pensar que ele foi sempre aquele rapaz com “problemas emocionais”.

O resto do elenco não se apresenta nada mal, Jena Malone está muito bem e Maggie Gyllenhall, irmã de Jake, apresenta uma química excepcional com o seu irmão, Donnie.

Mas Donnie Darko é mais que um filme de viagens de tempo ou de turbinas que entram em portais e viajam para outro ano. Donnie Darko também é uma crítica à sociedade americana dos finais dos anos 80. A sociedade expulsa a crueldade do mundo, afasta a veracidade do mundo que os espera lá fora, perfeito exemplo é a tentativa de retirarem o livro de Greene onde vários jovens cometiam delitos por ironia, com a tentativa de “abanar o mundo”. Mas tudo isto é escondido dos jovens, aqueles que estarão na frente da sociedade daqui uns anos iriam completamente desprotegidos para um mundo cruel e injusto mas tudo era abafado pelas escolas.

Outro dos assuntos é o constante medo que as pessoas viviam, o medo de perderem o seu trabalho por causa de dizerem verdades mas que estas eram contra os valores escolares. O mundo em 1988, especialmente nos EUA, era um país que se escondiam verdades. Donnie Darko surge acima dessas leis, um rapaz inteligente que se depara perante um mundo burro e quase analfabeto, assim, a inteligência começa a valer menos que a beleza e assim se formam sociedades consumistas e pessoas inteligentes, como Donnie, são vistos como estranhos que precisam de andar em psicócologos, era encarado como um problema dos outros.

Depois, temos aquelas pessoas tradicionais, aliás, a ignorância dos professores é tanto que dividem a vida entre dois sentimentos – Amor e Medo. (Como se a vida se resumisse a tão pouco!), e temos aqueles pessoas que fazem a burla com os constantes vídeos de ajuda “Cumpre e ajude-se”, (Como se isso fosse possível!) e, novamente, temos o aluno que questiona o mundo, questiona a vida mas, principalmente, critica a sociedade, uma sociedade ignorante que vive sob constante medo e censura.

 

Assim, chego ao fim da crítica que mais me demorou a ser escrita e pensada, o filme que em dois dias vi-o duas vezes e há 1 minuto atrás estava, novamente, a ver o esplendoroso início da obra da minha vida e, por mais que tente, as palavras são pobres para descrever Donnie Darko e a experiência que vivi na sua visualização! Ah, e não é nada mais que o filme da minha vida….

A Frase: São tantas, eu deixo algumas mas que não fazem justiça ao filme

“- How can you do that? 
-  I can do anything I want. And so can you.”

“Do you want your sister to lose weight? Tell her to get off the couch, stop eating twinkies and maybe go out for field hockey. You know what? No one ever knows what they want to be when they grow up. You know it takes a little, little while to find that out, right, Jim? And you... yeah, you. Sick of some jerk shoving your head down the toilet? Well, you know what? Maybe... you should lift some weights, or uh, take a karate lesson and the next time he's tries to do it, you kick him in the balls.”

“You are a fear prisoner. Yes, you are a product of fear.”

“- My mom had to get a restraining order against my stepdad. He has emotional problems. 
- Oh, I have those too! What kind of emotional problems does your dad have?
- He stabbed my mom four times in the chest.”

“-Why do you wear that stupid bunny suit? 
- Why are you wearing that stupid man suit?”

“28 days... 6 hours... 42 minutes... 12 seconds. That... is when the world... will end.”

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sexta-feira, 9 de abril de 2010

- Já vi: The Dark Knight (2008)

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The Dark Knight – O Cavaleiro das Trevas

Christopher Nolan é um dos meus realizadores de eleição. Nolan cria obras de arte. Olhámos para o seu historial e vemos filmes como Memento (crítica aqui),  The Prestige (crítica aqui) ou o predecessor d’O Cavaleiro das Trevas, Batman Begins.

Nolan realiza num sentido único. As suas personagens são completamente personalizadas, a banda sonora é sempre viciante, tem uns bons movimentos de câmara, sabe escrever, excelentes efeitos especiais e escolhe muito bem o leque de actores.

Ora, The Dark Knight não foge às características de Nolan, aliás, torna-se refrescante e temos a certeza absoluta que Nolan foi a escolha acertada para adaptar a figura de DC Comics para o Cinema.

A história, centra-se na cidade natal de Batman, Gotham City, onde os mafiosos cada vez mais ganham poder e novos bandidos aparecem, sem regras e mais destemidos e, um deles, é Joker (Heath Ledger). Joker, um homem maquilhado, um verdadeiro entretainer que quer matar o Batman e ajudar os mafiosos a salvar o seu dinheiro sujo que faz parte de uma investigação a cargo de James Gordon (Gary Oldman), Harvey Dent (Aaron Eckhart) e Batman (Christian Bale).

The Dark Knight é um espectáculo. Vê-se uma obra grandiosa que ao mesmo tempo que entretém também nos intriga com um argumento muito bem escrito acompanhado por grandes interpretações onde um deles sobressai. Sim, Christian Bale está muito bem, Gary Oldman sempre ao seu alto nível, Eckhart também surpreende mas quem viu o filme sabe quem roubou a tela e sabe quem fez este filme a grande obra que ele é, o one man showHeath Ledger. Que espectáculo! Nunca antes o Joker foi tão bem retratado, sim, superou Jack Nicholson e superará muitos que aí aparecerem e embora tenha recebido o Óscar póstumo, foi bem merecido. Heath Ledger arrecada a interpretação do ano e das melhores da década! É simplesmente fabuloso, um entretainer sem escrúpulos que nos intriga e nos diverte, tudo ao mesmo tempo, numa perfeita sintonia com a espectacular banda sonora do filme e com o decorrer deste fabuloso filme.

O Cavaleiro das Trevas é uma das melhores adaptações. Tudo funciona em perfeita harmonia mas o que lhe dá o grande destaque é mesmo Ledger que rouba o ecrã e se torna um filme mais de Joker que de Batman, e secalhar é essa a grande razão de ter sido tão bom, assim, graças a Ledger, esta é uma obra que nós não nos vamos esquecer, pelo menos da sua caricata personagem com o toque de Nolan!

A Frase: “Why so Serious?”

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quinta-feira, 8 de abril de 2010

- “Poster e Sinopse”: Green Zone

 

Após o sucesso de The Hurt Locker (crítica aqui), voltamos à guerra, mais precisamente a Bagdad em 2003, onde vários inspectores do exército que procuravam armas de destruição massiva no deserto e vêem o objectivo da sua missão a ser invertido…

Green Zone volta com Matt Damon e a realização pertence a Paul Grengrass que já trabalhou anteriormente com Damon na famosa trilogia de Bourne (mais precisamente nos últimos dois capítulos).

Green Zone estreou hoje nas salas portuguesas. Vamos ver se consegue conquistar as bilheteiras, e a crítica.

- Já vi: Old Dogs (2009)

Old Dogs – 2 amas de gravata

Refrescante. Inovador. Cómico. Nenhuma destas palavras é usada para descrever Old Dogs!

Old Dogs era um filme que prometia alguma diversão devido aos protagonistas, John Travolta e Robin Williams, mas que se deixou levar pelas tretas e clichés habituais.

A história não era inovadora, dois amigos solteirões são deparados com a notícia que um deles tem filhos e terá que ficar com eles durante duas semanas e, ao mesmo tempo, lutar por um negócio promissor entre a empresa dos solteirões e dos japoneses. Durante essas duas semanas as crianças irão enfernizá-los mas ao mesmo tempo vão conquistá-los, especialmente o pai.

O que deveria dizer a seguir é que o pai, o amigo e os filhos iriam passar por situações variadas e cómicas mas na verdade o melhor resume-se no trailer. O resto do filme perde-se nos oportunismos típicos de Hollywood como a mãe vai presa e a amiga magoou-se. As interpretações são péssimas, horríveis! Temos lá pelo meio Bernie Mac durante uns minutos que não desilude e Seth Greene que se torna o mais engraçado neste filme mas o seu tempo de antena não o deixa salvar o filme.

Assim, arrisco-me a dizer que Old Dogs é um projecto falhado. Não traz nada de novo e demonstra que Travolta e Willians não estão a fazer um bom regresso ao grande ecrã!

A Frase: ”- If I'm gonna be an old dad, you're gonna be Uncle Charlie. We can do this.

- We?”

 

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- E com tudo isto esqueci-me…

…que fez 16 anos dia 5 de Abril que o vocalista e guitarrista dos Nirvana, Kurt Cobain, se suicidou. A sua música e legado mudou o mundo e todos nós ainda nos lembramos dele e das suas músicas como, por exemplo, Smells like teen Spirit
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quarta-feira, 7 de abril de 2010

- Uma personagem eternizada…

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 Tyler Durden em Fight Club

 

“Advertising has us chasing cars and clothes, working jobs we hate so we can buy shit we don't need. We're the middle children of history, man. No purpose or place. We have no Great War. No Great Depression. Our Great War's a spiritual war... our Great Depression is our lives. We've all been raised on television to believe that one day we'd all be millionaires, and movie gods, and rock stars. But we won't. And we're slowly learning that fact. And we're very, very pissed off.”

"The things you own end up owning you"

- Especial Grindhouse (2007): Planet Terror

Planet Terror – Planeta Terror

E o segundo filme do Especial Grindhouse é Planet Terror, escrito e realizado por Robert Rodriguez. O filme é um típico filme série-b, do início ao fim. Logo a começar numa simples história de um grupo de soldados que ficou infectado com um vírus e a única forma de encontrar o antídoto é infectar o mundo inteiro a fim de encontrar aqueles que são imunes à doença e, eventualmente, descobrir a cura. Enquanto isso, essa infecção torna as pessoas em quase zombies com o corpo cheio de bolhas e canibais. Assim, numa pequena vila, os sobreviventes terão que lutar pela sobrevivência e parar o grupo de soldados de infectar o resto do mundo.

História simples. Interpretações fraquinhas. Mortes e mortes. Falta de realismo. Filme série-b. Cinema Grindhouse. Planeta Terror!

Logo pelo poster compreendemos a falta de realismo que eu escrevi anteriormente. O filme limita-se a matar os tais monstros e a (tentar) dizer frases memoráveis no meio de clichés cinematográficos com as típicas linhas negativas e mudanças de rolo!

 

Aliás, um pequeno pormenor, a mulher do poster com a arma na perna anda o filme todo a trocar de arma na perna e, às vezes, aparece com a perna intacta após ter ficado sem ela! De resto, hilariante mas exagerado!

A Frase: “Don't shoot yourself. Don't shoot each other. And especially... don't shoot me.”

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