domingo, 30 de maio de 2010

- Rest in Peace…

dennis_hopper

Estava eu num comum jantar em família ao Domingo quando vejo nas notícias que Dennis Hopper deixou este mundo vítima de cancro na próstata.

Ficará sempre na nossa memória como um dos vilões favoritos do grande ecrã e depois de largos anos como actor e realizador e após a sua merecida estrela em Hollywood Walk of Fame deixa-nos com 74 anos. Descanse em paz.

sábado, 29 de maio de 2010

- Já vi: Raging Bull (1980)

RagingBullRaging Bull – O Touro Enraivecido 

Jake La Motta (Robert DeNiro) é um temido boxeur que vai ascendendo no ringue assim como encara a vida, ou seja, feroz, violente e impulsivo fora e dentro do ringue, Raging Bull, mostra-nos o verdadeiro Touro Enraivecido que La Motta foi durante a sua vida com os adversários e com as pessoas envolvidas na sua vida pessoal.

 

Desde o primeiro frame a preto e branco, com o slow motion envolvido num boxeur, uma sublime banda sonora (que se reflecte tanto no início como no resto da obra) é-nos apresentado num vermelho sangrento o nome da obra. Em 1980, em plena época colorida a nível cinematográfico e televisivo, esta obra assume-se como um ode à livre expressão e como uma revolta que, silenciosamente, profere “ O preto e branco está aqui” e caracteriza-se por algo que a cor nunca poderia ter-nos trazido. O realizador? Martin Scorsese.

 

Portanto, desde já posso adiantar que esta obra é, provavelmente, a obra-prima de Scorsese. Prima pela espectacularidade no retrato social e pela forma crua e viva como narra os acontecimentos de uma vida decadente. Assume-se, então, um primor de qualidade espantoso no início de uma década que nos trouxe obras intemporais como Star Wars.

Uma vez no topo, é sempre a descer, são palavras ditas por o espectacular DeNiro na sua violenta e sublime interpretação de La Motta e que assume como as palavras do filme mas ao contrário, pois, a obra atinge um máximo de obra-prima e desde aí que não desce.

Martin Scorsese assina assim uma obra tanto arriscada como sublime, impulsionando-nos assim para um derrame de violência fora e dentro do ringue que nos levará, literalmente, ao chão!

 

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quinta-feira, 27 de maio de 2010

- Medo. Muito Medo.

Sabem daquelas coisas que têm quase a certeza estarem certos mas queriam que estivessem errados? Isto é uma delas pois eu tenho (quase) a certeza que este Prince of Persia vai ser um fraco blockbuster de entretenimento e que não vai fazer jus ao videojogo. Ainda me lembro das horinhas bem passadas em frente a este jogo…

O que acham?

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quarta-feira, 26 de maio de 2010

- Já vi: Jumper (2008)

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Jumper

Let me tell you about my day so far. Coffee in Paris, surfed the Maldives, took a little nap on Kilimanjaro. Oh, yeah, I got digits from this Polish chick in Rio. And then I jumped back for the final quarter of the N.B.A. finals - courtside of course. And all that was before lunch. I could go on, but all I'm saying is, I'm standing on top of the world.

O dia do Jumper é fabuloso, aliás, hipoteticamente, teletransportar é algo fabuloso; ser omnisciente é algo que só deveria pertencer a Deus, como diz Roland (Samuel L. Jackson) que é um paladino que caça jumpers mas, no entanto, estes jumpers têm essa possibilidade.

É essa a premissa do filme. Mas o filme centra-se numa particular figura, David (Hayden Christensen), que viu o teletransporte como a fuga do mau ambiente familiar (ou a falta dele) e da exclusão social.

Jumper é aquele filme que podia ter ido longe, aliás, podia ter sido muito mais que entretenimento descompassado. A prova de tal está reflectida em toda a fita desde o mau manuseamento do potencial leque dos actores até, por exemplo, à fora-de-lugar e monótona banda sonora. Mas eu gostei. Deixem-me reformular. Gostei da primeira vez que o vi, aliás, foi um dos filmes que me catapultou para o cerne do Cinema mas, após a segunda visualização, deixou imenso a desejar e vi, com os meus próprios olhos, que Jumper tinha sido produto da minha própria sobrevalorização que foi, de repente, abaixo quando o revi.

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terça-feira, 25 de maio de 2010

- Os Meus 10 Realizadores de Eleição

A óptima iniciativa de Roberto, do carismático blog Cineroad, a fim de demonstrar os 10 realizadores de eleição de vários bloggers, levou, desta vez, a ter comigo e às minhas escolhas. Muito Obrigado Roberto!

 

10 R

(Clique na imagem para aceder às minhas escolhas)

- Freddy vs Freddy

1,2,…, Freddy is coming for you, …, 3, 4, …, Better lock your door, …, 5, 6, …, Grab your crucifix, …, 7, 8, …, Gonna stay up late, …, 9, 10, …, Never Sleep Again!

 

Quem é o melhor Freddy?

 

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Robert Englund

 

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Jackie Earle Haley

 

É caso para dizer: Que venha o Diabo e escolha!

sábado, 22 de maio de 2010

- Já vi: A Single Man (2009)

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A Single Man – Um Homem Singular

Sexta-feira, 30 de Novembro de 1962. A data de repente entra e, seguidamente, desvanece-se na tela por onde se visualiza um homem nu em águas gélidas e cinzentas. Águas passadas, presumimos nós. De seguida, o som de um carro e de um possível acidente de viação transcende a tela e perfura os nossos ouvidos enquanto aquele pobre homem luta naquela mesma água. Luta contra o seu passado(?). A história evolui. O homem não luta contra o passado. O homem é George (Colin Firth), um professor homossexual que perde o seu companheiro num acidente de viação. O homem não luta contra as águas passadas. O homem luta contra o presente, na tentativa de se afogar no seu passado. Agora, ele acorda.”I am and now” ele diz. Fora do seu temido sonho, George inicia o dia que será o seu último. Afinal, a morte é o futuro ele diz. Agora, fora da cama, demora algum tempo para se pôr no papel de George.

It takes time in the morning for me to become George, time to adjust to what is expected of George and how he is to behave. By the time I have dressed and put the final layer of polish on the now slightly stiff but quite perfect George I know fully what part I'm suppose to play.

George está arranjado. Em frente ao espelho profere as palavras “Apenas ultrapassa o raio do dia”. E assim começa mais um monótono dia de George a par da pistola que carrega na sua mala. A cara dita cansaço. A mente precisa felicidade. Felicidade essa que só obterá quando estiver com o seu falecido parceiro, Jim (Matthew Goode). E assim começa um dia diferente, o último dia da sua vida, o melhor dia da sua vida.

A Single Man é um filme, como um todo, dotado de uma espectacularidade, mas é na desconstrução de toda a fita que esta é deslumbrada com o seu verdadeiro apreço. É uma das surpresas mais aprazíveis a que tive oportunidade de ver. A razão – inúmeras.

O filme num constante desenrolar cinzento, numa constante contradição aos paradigmas cinematográficos, o presente é cinzento e o passado é que se revela esperançoso e colorido.

No meio de arrebatadores diálogos, delineia-se nas palavras um vibrante fluxo de sentimentos - medo, homofobia, amor, etc.

Este é o primeiro trabalho como realizador do estilista Tom Ford, aliás, ele realiza, produz e escreve Um Homem Singular e torna esta mesma obra num projecto singular. Dotado de um carisma inigualável. Filmado com um rigor estético sem precedentes, uma beleza tanto em sonoplastia como no próprio ecrã (guarda-roupa, cenários, etc.) e um deslumbrante manejamento de um potencial leque de actores com óbvio destaque para Colin Firth que consegue aqui um papel de uma vida onde muitos lutariam para conseguir ter no seu currículo.

E Um Homem Singular é, todo ele, um projecto singular e arrojado, mas é na sua desconstrução que mais beneficia. Um fluxo constante de um trabalho esforçado e o resultado está à mostra de todos. Um filme que em 90 minutos mostra um dia de uma pessoa. E de que maneira!

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quinta-feira, 20 de maio de 2010

- Remake, Reboot.

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A verdade é que hoje em dia já se faz tanto que o público já não liga. A verdade é que este século é marcado pelos remakes. Aliás, remakes, reboots, ripoff’s já são comuns hoje em dia. Talvez até porque, para as editoras, seja mais fácil fazer novos filmes a partir dos originais do que pôr no cinema os filmes antigos ou, então, isto é tudo por falta de criatividade e de novos trabalhos.

Quem tem sofrido, maioritariamente, deste fenómeno, são os filmes de terror, com especial interesse pelos cult films. Já aconteceu com Texas Chainsaw e Friday the 13th, embora já tenha abrangido outros géneros. Ora, o problema, pelo menos não o principal, não é haver remakes à farta mas a falta de qualidade destes mesmos! Para quê renovar filmes antigos quando os antigos são os melhores?

Hoje, um cult movie é alvo deste fenómeno do reboot e esses mesmos filmes pertencem ao mítico slasher Freddy Krueger. Na verdade, Krueger já assustou dezenas de jovens quando começou em 1984 pela mão de Wes Craven e hoje volta ao cinema num novo Nightmare on Elm Street com o lendário Freddy a ser interpretado por Jackie Earl Haley (Vamos lá ver o que sai deste talentoso actor!) e já tem as sequelas marcadas e em 3D!

Em síntese, o que me preocupa mesmo é até quando vai durar este fenómeno. Eu quero material novo e quero lá saber se os americanos não querem ver filmes antigos e precisem que façam novos a fim de os levar ao cinema!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

- Fora dos tempos de glória

 

Hoje em dia, basta olharmos para a box-office para perceber que os filmes sobre super-heróis colminam no favoritismo das audiências e das visitas ao cinema. No entanto, havia tempos em que as adaptações dos super-heróis para o cinema eram completos fracassos até que, em 1999, Blade foi um êxito de bilheteira, seguido de nomes sonantes como X-Men e Spider-Man que mudaram por completo o curso histórico das adaptações da BD na meca do cinema.

 

terça-feira, 18 de maio de 2010

- Já vi: Everything is Illuminated (2005)

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Everything is Illuminated – Tudo está Iluminado

The commencement of a very rigid search.

Everything is Illuminated marca o primeiro trabalho de Liev Schreiber como realizador. E, antes de mais, devo dizer que foi um início perfeito.

Tudo está iluminado abraça-nos com a história de Jonathan Foer (Escolha acertada em Elijah Wood), um rapaz pouco normal que colecciona coisas, coisas da família, mais concretamente. Assim, quando recebe uma foto do seu avô com uma mulher que foi responsável pela extradição do seu avô para os EUA, Jonfen (como o Ucraniano amigo lhe chamava) parte rumo à Ucrânia a fim de descobrir essa tal mulher e, consigo, terá a ajuda de Alex (Eugene Hutz), um tradutor que não facilita a viagem e o seu avô que insano que se julga cego mas, curiosamente, é ele que conduz o carro ao longo daquela atribulada e peculiar viagem.

Everything is Illuminated não marca uma posição, aliás, é um daqueles filmes vívidos, coloridos que possuem uma bela história e um grande lema de vida. Pois enganam-se. Se por um lado o filme é uma fonte de irradiação fascinante e colorida, por outro, assume-se como uma obra de humor negra, profundamente crítica e com poucos sentimentos redondantes de felicidade.

Por dois lados, Everything is Illuminated assume-se como uma obra única tanto peculiar como fascinante.

A película também ela é arrojada em inúmeros aspectos. Temos uma câmara interventiva, bastante manuseante e esplêndida que nos nutre com momentos únicos numa perfeita sincronia com uma das melhores bandas sonoras que alguma vez ouvi. Não sei se foi pela sua simplicidade, se foi pela sua sincronia com a câmara ou com a sua enorme qualidade irrefutável e aprazível, a sonoplastia deste filme abraça-nos e toca no nosso coração.

Por outro lado, temos uma fotografia iluminada que emana estilo e beleza, beleza esta que se sente nas performances de Elijah Wood e Eugene Hutz que formam uma dupla com química e sem química, amigos e não amigos, mas únicos na fórmula que torna este filme tão belo e genial.

Sucintamente, Everything is Illuminated faz jus ao nome e torna-se um filme iluminado e inspirador pela genialidade envolvida em todos os aspectos maravilhosamente sincronizados, com uma sonoplastia que nos abraça no decorrer de uma jornada que perdurará na nossa mente.

 

everything_is_illuminated

domingo, 16 de maio de 2010

- Algo de diferente para hoje…

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Não sou fã de filmes porno nem sequer vejo, mas os seus nomes são hilariantes e este top é espantoso. Vejam só The Greastest Movie Parodies.

sábado, 15 de maio de 2010

- Já vi: Lost in Translation (2003)

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Lost in Translation – O Amor é um lugar estranho

Tóquio. Charlott (Scarlett Johansson) está de visita ao país enquanto o seu marido veio em trabalho. Por outro lado, Bob (Bill Murray) um actor que está lá em negócios, ambos desolados da vida partilham algo em comum – o mesmo hotel. Nesse hotel, e entre eles nasce uma relação amiga que ambos irão disfrutar nos dias que restarão lá…

Surpresa. Lost in Translation é uma verdade surpresa, do início so fim. A sua mostra de valores é essencial à vida, resulta em perfeita harmonia, um valor mais forte e base ao amor – a amizade.

Juntos, vivem uma grande aventura e, de repente, deparam-se, juntos, a enfrentar os seus fracassos mas, ao mesmo tempo, juntos fogem desses mesmos. Ambos procuram em Japão uma fuga. Algo onde se distanciar e daí no título ser Lost in Translation, perdidos na tradução, perdidos noutro mundo. E não como o horroroso título em português demonstra.

A realização de Sofia Coppola, responsável também pelo espantoso argumento, é poética. A relização leva-nos a outro nível, os encontros e desencontros num pacato mas requintado hotel levam a duas pessoas a serem encontradas. Amigos.

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A par da realização poética e do argumento magistral, temos algo fundamental num filme, não não falo da feel good banda sonora, falo das interpretações. Se por um lado Johansson se demonstra boa actriz, por outro, Bill Murray surpreende. Mesmo a combinar com os restantes frames do filme, o actor apresenta-se numa total sincronia de comédia no meio de tristeza e amargura. Brilhante será a palavra ideal para descrever a sua interpretação.

Nada mais nada menos, Lost In Translation é um filme refrescante. Não pela sua temática mas pela forma como a aborda, pois mesmo a falarem de fracassos, solidão e dúvidas, Lost In Translation desperta em nós amizade e esperança. Isso não é espantoso num filme?

Claro que todos nós gostamos de finais felizes, mas por outro lado, apenas restam resquícios desses mesmos pois os finais infelizes, ou menos felizes, são aqueles que perpetuam na nossa mente…

 

bill

sexta-feira, 14 de maio de 2010

- Uma personagem eternizada…

Hit-Girl

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“So, you wanna play?”

quarta-feira, 12 de maio de 2010

- Já vi: Iron Man 2 (2010)

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Iron Man 2 – O Homem de Ferro 2

Quando em 2008 Iron Man estreou, um novo e refrescante filme de super-heróis veio à bala e foi abraçado, indubitavelmente, pelo público. Ora, Iron Man 2 passa-se seis meses após o magnata excêntrico Tony Stark (Robert Downey Jr.) ter dito ao mundo que ele era o homem por detrás de um fato sofisticado preparado com artilharia de ponta e pronto a privatizar a paz mundial.

Entretanto surge Ivan Vanko (Mickey Rourke) que acusa a família Stark de ter degradado a sua e fará de tudo para se vingar de Stark.

Após uma mega campanha publicitária, com mostras de cenas dos filmes, com dezenas de posters e com um parêntesis a indicar uma cena extra, surge Iron Man 2.

Na minha opinião, Iron Man 2 só ultrapassa o primeiro capítulo apenas na banda sonora a cargo dos AC/DC mas mesmo assim pouco utilizada, de resto, O Homem de Ferro 2 desiludiu-me um pouco. Eu já não esperava uma grande história, mas após uma hora de filme, quando surge o intervalo, deparo-me com a história sem nenhum avanço, apenas com as marcas que decifrámos nos trailers, fora alguma progressão na história dos Avengers. Enfim, uma história base que fez de tudo para ascender no entretenimento que, obviamente, dependia do leque dos actores.

Ora, até aqui desiludiu. Se por um lado temos um carismático Robert Downey Jr. com sintomas de cansaço, por outro, temos Mickey Rourke que só em escassos momentos mostra a sua qualidade e a sua peronsagem, Whisplash, tem pouco tempo de antena. Ainda assim, Scarlett Johanson é muito mal aproveitada quanto Viúva Negra só serve para mostrar um fato esplendoroso que reflecte as curvas de Johanson e pouco mais. Depois, Don Cheadle(!), que raio está ele aqui a fazer?, não nos deixa esquecer Terrence Howard. Mas temos alguém que quase se iguala a Downey Jr. neste filme – Sam Rockwell. Embora nos tenha apresentado filmes com performances totalmente arrebatadoras, caso de Moon (crítica aqui), Rockwell é, por vezes, excêntrico, por outras carismático, cómico e também malévolo.

Assim, Iron Man 2 surge em plena Primavera chuvosa onde a palavra-chave é entretenimento descompassado, descartável a menos que o vejamos descansado e descontraído com AC/DC por detrás.

P.S. - E não, não vi a cena extra, mas já a vi na net.

 

Iron man pontuaçao

segunda-feira, 10 de maio de 2010

- Depois disto, espero tudo…

Sabem que banda vai ter a oportunidade de ver a sua história reinventada para a tela, em versão zombie(!) e vão ser perseguidos pelo caçador de monstros chamado Mick JaggerThe Beatles.

O filme chamar-se-à Paul is Dead: The British Zombie Version.

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domingo, 9 de maio de 2010

- O primeiro…

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É apenas um selo mas o valor sentimental é inefável. Receber este selo foi uma honra para mim visto ser um blog recente mas trabalhador. O selo Prémio Dardos destina-se a transmitir valores culturais, éticos, pessoais, etc.

Assim, cabe-me a mim agradecer ao blog TopangaBlog e indicá-lo a 5 blogs que espero que sejam mais reconhecidos após este selo – Split Screen, Cinema is my Life, Cineroad e CinemaJB. Sem desprezar os restantes blogs, escolhi estes devido a terem sido os primeiros blogs que visitei nesta blogoesfera.

 

Obrigado pelo reconhecimento!

sábado, 8 de maio de 2010

- Já vi: Man on the Moon (1999)

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Man on the Moon

Aquele que queria ser o maior artista de todos os tempos, Andy Kaufman, é-lhe concebida uma biopic que desde os créditos iniciais que notamos que o filme não é para todos. Desde o início que Milos Forman assinala uma posição no filme.

Man on the Moon, como referi anteriormente, retrata a vida de Andy, uma vida que foi toda ela um constante fluxo de representações, um desses casos era o seu alter-ego, Tony Clifton. Andy não se condiderava um comediante, aliás, a sua peculiaridade faz-nos questionar se ele quer entreter o público ou a ele mesmo, ele mesmo considerava-se um song-and-dance-man. Desde já, confirmamos o estatuto deste filme que não é para todas as pessoas, e nem Andy Kaufman era para todas as pessoas.

A fita lucra de inúmeros aspectos e um dele é irreverentemente obrigatório referir – Jim Carrey(!), esqueçam os seus outros filmes, Man on the Moon é o filme onde vemos brilhar, onde prova o seu génio, onde carrega o filme às costas, denota-se aqui a sua extrema devoção a um papel complexo assim como Carrey, mas brilhante. A sua versatilidade ou o seu compromisso que arrecada riso como facilmente arrecada a lágrima. Carrey faz jus ao legado de Kaufman. Através deste filme, Carrey mostrou que Kaufman foi, gradualmente, preparando a sua imortalidade, a sua passagem da vida para a morte pois, de acordo com ele, a vida é a maior comédia de todas mas também um belo lugar.

Em suma, O Homem na Lua, arrecada um estatuto privilegiado no nosso coração, seja através da competende montagem, da direcção artística, da aprazível banda sonora, do argumento ,do elenco que é sombreado por Jim Carrey, seja por Forman, seja por Andy Kaufman, Man on the Moon irá sempre merecer ser visto e revisto, um filme que não nos dá uma resposta, mas dá-nos tempo para nela(s) reflectir…

Moon congas

quinta-feira, 6 de maio de 2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

- Today is the day, my day…

me, black and white

E é hoje mesmo, dia 5 de Maio, o dia que o primeiro norte-americano foi ao espaço, dia do nascimente de Karl Marx ou até mesmo o dia do falecimento de Napoleão Bonaparte, como Camões diz, outro valor mais alto se alevanta, esse mesmo, sou eu!

Há 16 anos nasceu um amante de Cinema que se derrotou ao sabor da 7ª arte com as primeiras vhs ou com a primeira ida a uma sala de projecção que tão bem se recorda. Hoje, um adolescente apaixonado pela vida, no decorrer do teste intermédio de Matemática, publica aqui no blog as suas 15 primaveras com momentos bons e menos bons, mas que veio para durar, veio para ficar, resta saber quanto tempo…

Parabéns!(a mim)

terça-feira, 4 de maio de 2010

- May the force(fourth) be with you

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Embora tenha sido escolhido apenas pela semelhança de palavras, hoje é o dia que se celebra o Star Wars Day. Devia ser feriado mundial, my guess.

Happy Star Wars Day

- Já vi: The Usual Suspects (1995)

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The Usual Suspects – Os Suspeitos do Costume 

Sempre ouvi falar d’Os Suspeitos do Costume. Falavam daqui para ali, tinha um twist espantoso, tinha uma mítica personagem que se chamava Keyser-Soze e mais umas coisinhas.

The Usual Suspects não é mais que a história de um bando de ladrões que se juntam numa altura em que eram, individualmente, suspeitos de um crime. Assim, aproveitam para fazer vários roubos mas são deparados dentro de uma teia de um homem mítico que foi roubado e agora quer que eles paguem.

The Usual Suspects, basicamente, pega num argumento simples e descartável e com alguma mestria de Bryan Singer, tornou-se mais que um filme banal. Mas nada mais. Mas é verdade que se assume como um filme estiloso do crime nos anos 90.

The Usual Suspects surge-se por algumas interpretações como o espantoso “aleijado” Kevin Spacey, Gabriel Byrne que faz sentir a sua presença na tela, uma banda sonora pouco arrojada mas competente e mais que tudo, a razão por ver este filme, aquilo que nos atrapalha nos últimos minutos do filme e que nos faz faz viajar de resposta em resposta – um dos melhores twist finais que alguma vez vi!

No meio de tantas frases sonantes, de uma personagem mítica e de um twist final, vem-me à memória uma das melhores frases alguma vez soadas no cinema - The greatest trick the devil ever pulled was convincing the world he didn't exist.

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segunda-feira, 3 de maio de 2010

- Que (não)surpresa(!)

Sabiam quem vai ter sequela? Imaginem o filme mais improvável! Agora, num registo verdadeiro, digo-vos quem vai ter sequela é um filme muito provável e, assim, nesta altura deve ser a que vocês ficam sem saber do que estou a falar visto que é um filme provável – Avatar(!)(crítica aqui)

Agora, a verdadeira surpresa nisto tudo é que vai ser num meio subaquático! (agora um “!” legítimo).

Resta saber se é uma sequela debaixo de água, ou, além disso, uma sequela por água a baixo…

 

sábado, 1 de maio de 2010

- Já vi: Elephant (2003)

 

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Elephant – Elefante

Rotina. Numa escola, vários estudantes vivem uma rotina compassada, com doses consideráveis de alegria e tristeza. Estereótipos.

Mas toda essa rotina é quebrada quando dois estudantes fartos da grande dose de tristeza, ataca a escola. Todas as personagens com momentos peculiares, momentos únicos. Diferentes pontos de vista.

Elephant não é um filme fácil de ser digerido. Talvez por filmar uma personagem de cada vez, talvez por filmar o longo e vazio caminho que cada personagem atravessa com a sua peculiaridade. Elephan também não é facil devido à temática(s) que aborda – A escola, a adolescência, a solidão, o bullying e um o mais inexplicável dos inexplicáveis, Elephant também é uma obra que filma o vazio. Daí associarmos este filme à obra-prima a que ele faz justiça.

Elefante, é um filme que como o nome indica, é um filme complexo assim como um elefante, que se estuda orgão a orgão, personagem a personagem, frame a frame, com bastante cautela.

No filme, que é datado um problema intemporal que nesta altura afecta imenso Portugal, quer dizer, não afecta, ele já afectava mas só agora é que os orgãos de comunicação social lhe deram a atenção devida – bullying. Bullying é algo que decorre nas nossas escolas, nunca presenciei, pessoalmente, mas tenho quase a certeza que acontece também na minha escola. Não são putos que vêm demasiado policiais ou jogam demasiado Grand Theft Auto, são pessoas que sofrem com problemas que poucas pessoas se ralam e podem ter efeitos desastrosos na moldagem da personalidade de uma pessoa durante a adolescência, uma época onde de molda o futuro e o que somos.

Van Sant não nos mostra respostas, apenas formula palavras às quais nós nos questionamos e nós próprios, de forma bastante singular e única, tentamos responder. Um filme que é para todos mas será diferente para todos. Uma obra perturbadora que nos faz sentir dentro do ecrã, dentro da tragédia.

Em Elephant não existe personagens principais, aliás, até nem existe muitas personagens, existem pessoas a tentar tornarem-se as personagens principais da sua vida, a tentarem fugir da plateia e tornar-se o alvo no centro do palco, no palco das suas vidas, Elephant, é assim, um filme de proclamação, um filme onde adolescentes tenta diferenciar-se, tentam ser alguém…

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