sábado, 31 de julho de 2010

- António Feio, um orgulho português

 

António Feio, faleceu aos 55 anos a 29 de Julho de 2010, foi, a meu ver, um dos poucos orgulhos portugueses no campo da representação e, com certeza, que o seu trabalho irá ser mencionado às gerações futuras como uma carreira incompleta mas qualitativa.

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terça-feira, 27 de julho de 2010

The Twilight Saga: Eclipse (2010)

 

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 The Twilight Saga: Eclipse

 

Longe de ser agredido pelo hype envolvente e exagerado. Longe de ser um fã histérico que leu toda a saga, tem todos os acessórios e longe de pertencer a uma Team( É verdade, existe a Team Edward e Team Jacob), eu vi Eclipse, aliás, vi todos os filmes da saga e revi. Enfim, lá estava eu no dia de estreia para ver o mais recente capítulo.

A história, situa-se logo após o último capítulo, New Moon (Crítica aqui) e, basicamente, a única evolução na história é que Bella responde ao pedido de casamento e Vitória arranja um exército de recém vampiros a fim de assassinar Bella, tudo isto prolongado por duas horas de filme.

Incontornavelmente mais fraco a nível de argumento, Eclipse safa-se pela melhoria (Não significa que estejam bons) do desempenho dos actores e pelas cenas de acção que conferem ao filme um ambiente menos ambíguo. De resto, tem uma fotografia razoável uma banda sonora aprazível e muito mas muito pop marketing.

É, provavelmente, o melhor da saga mas nem por isso significa necessariamente que seja bom.

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sábado, 24 de julho de 2010

- Inception (2010)

 

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Inception – A Origem

Christopher Nolan há muitos filmes atrás que me fez render à sua visão alusiva às massas mas sem nunca perder o talento que tanto se pronuncia nas suas obras. Se por um lado apresenta filmes de cariz fantástico tais como os Batman (The Dark Knight crítica aqui), por outro lado, apresenta nas suas obras a metafísica, o estudo do ser ou da realidade e que se apresenta em obras como Memento(Crítica aqui) e, mais recentemente, Inception.

Inception que deveria chamar-se Implantação e não Origem, viaja pelos lugares mais recônditos do ser humano – os sonhos. Se por um lado, existem pessoas denominadas extractores que extraem informações dos sonhos, agora estes deparam-se com uma implantação de uma ideia numa pessoa. Afinal, de acordo com o filme, a ideia é o parasita mais resiliente, uma ideia simples é capaz de criar cidade, de mudar todas as regras do mundo.

Então, o filme começa. Começa com uma penetrante sonoplastia envolvente nas ondas do mar. De repente, já nos vemos envoltos em sonhos e memórias. Descobrimos sonhos dentro de sonhos, partilha de sonhos e extracções de sonhos. Uma ideia de Nolan que se tornou em algo complexo. Complexo e espectacular. Sim, se por um lado, temos uma história muito bem escrita e organizada e actores muito bem orquestrados, por outro, temos vários aspectos técnicos que nos deixam completamente agarrados à cadeira. Mas é nisso que se pode encontrar uma falha em Inception – acção. Passo a explicar, Inception tinha tudo para se tornar uma obra-prima, e falha ao apelidar como blockbuster, afinal, se não houvesse tantas explosões e cenas desse campo(Eu não me importo mas os júris é que são como são), Nolan teria aqui o próximo vencedor dos festivais que se aproximam, assim, vamos ver se o seu espaço criativo e engenhoso dos sonhos e realidades e ilusões consiga vencer pois como Nolan não há, um realizador capaz de entreter e oferecer-nos história merecedoras de serem contadas ao público e dignas de obras-primas.

 

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

- Sim, já vi.

 

Como óbvio, lá estava eu na primeira sessão em Aveiro para ver o filme do Verão – Inception. Um veredicto mais completo irá chegar mas por agora tenho a dizer que cumpre as expectativas, como sempre Nolan nos habituou.

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terça-feira, 20 de julho de 2010

- Flash News

 

A partir de hoje, até ao final da primeira semana de Agosto, estou oficialmente de férias, isto significa inactividade do blog quase por completo mas irei visitar os blogs comuns algumas vezes.

 

Cumprimentos, abraços e boas férias também.

- City Island (2009)

 

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City Island – Segredos à Medida

City Island é um filme sem pretensões de algo refrescante ou algo novo mas, no entanto, esculpe uma comédia sólida que esmiúça por completo uma família aparentemente normal e oferece-nos assim um bom momento a desfrutar neste filme acompanhado de uma sátira a tudo o que estiver à frente, acompanhado com boas interpretações.

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sábado, 17 de julho de 2010

- El Secreto de sus Ojos (2009)

 

 

el-secreto-de-sus-ojos The Secret in their eyes – O Segredo dos seus olhos

Quando em Março de 2010, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, ocorreu uma das maiores surpresas da noite – El Secreto de sus Ojos de Juan José Campanella recebe o Óscar contrariando assim o favoritismo das outras fitas nomeadas.

 

O Segredo dos seus olhos conta-nos uma história de 1975 onde uma mulher é violada e morta violentamente. Nesse caso, Benjamín Espósito (Ricardo Darín) fica encarregue do caso. Entretanto, o filme balança entre 1975 e 1999 onde Espósito escreve um romance e relembra-se da caça ao homem que viveu em 1975.

 

Quando vi o vencedor desta categoria, fiquei estupefacto. Agora compreendo o valor desta mesma obra e do prémio que, dignamente, recebeu. O filme, carrega valores extremamente intensos como a paixão e a dor. Entretanto, notamos que o filme desenrola-se com uma suave e notável banda sonora a par de uma acolhedora fotografia e de uma realização deveras extraordinária. Aliás, quando surgimos numa visão por cima de um estádio de futebol, a percorrer os jogadores pela nuca e, com o seu tempo, situamo-nos junto dos dois protagonistas a tentarem descobrir o assassino que dá lugar a uma perseguição e, julgando na íntegra este momento, é fabuloso. E aí surge uma grande diferença neste thriller convencional – O caso fica resolvido na primeira hora do filme.

 

Campanella realizada assim um filme no meio termo entre Hollywood e independente, com marcas de cada um mas sempre com um traço distinto do realizador que nos dita um thriller espantoso, tanto a nível técnico como artístico, com actores brilhantes, com uma banda sonora competente, com uma fotografia acolhedora e uma história sem falhas e viciante, El Secreto de sus Ojos vinga a esmiuçar todas as personagens, todos os seus valores, todos os seus sentimentos, e é aqui que reside algo sublime que não se esconde dos nossos olhos.

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sexta-feira, 16 de julho de 2010

- Superbad (2007)

 

superbad2_largeSuperbad – Super baldas

Superbad junta teen actores com futuro com uma história teen tudo isto no cerne da juventude americana e todos os seus problemas com renegados e populares, com inteligentes e menos inteligentes, com álcool ou sem álcool. Tudo isto junto no meio de tantas trapalhadas e acasos, Super Baldas oferece-nos uma comédia competente e um retrato hiperbólico(ou não) da sociedade jovem e, em parte, adulta americana.

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quarta-feira, 14 de julho de 2010

- Devil – O filme que vem da mente de Shylaman

 

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Devil é um filme que conta a história de várias pessoas que ficam presas num elevador e que passarão por alguns terrores.

Enquanto Devil é apresentado ao público pelo trailer(clica aqui), o seu argumentista, Mr. Night Shylaman, que tem tido uma carreira descendente começando com sucessos e acabando com maus filmes como o seu mais recente filme, The Last Airbender, tem provado isso. Contudo, as suas ideias foram sempre geniais e embora este filme não seja realizado por Shylaman, tem a sua mente por detrás e assim resta-me esperar pelo que sai daqui.

terça-feira, 13 de julho de 2010

- Vejam lá o que eu revi…

 

Escrevi a crítica num dos primeiros dias deste espaço (Crítica aqui). Pulp Fiction é uma obra intemporal que revitaliza os anos 90 e toda a sua cultura pop. Fantástico, viciante, satírico e espectacularmente concebido por um génio (Quentin Tarantino), Pulp Fiction é uma obra obrigatória ser vista por qualquer cinéfilo que se preze (Não estou a autoproclamar-me, mas vi o filme!)

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

- Já vi: Youth in Revolt (2009)

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Youth in Revolt – Juventude em Revolta

Nick Twisp (Michael Cera) é um rapaz emocionalmente desequilibrado e negado socialmente até que vê a sua fuga de uma vida sem sentido quando se apaixona por uma rapariga num parque de campismo. Então, fará de tudo para ficar com ela até ao ponto de criar um alter-ego que se revela rebelde e que o fará ir para a prisão, tudo por uma rapariga.

Um Rebelde que encontrou a sua causa. A viagem atribulada que seguimos da vida de Nick Twisp ou François Dillinger em busca da preservação do amor é um exemplo nato de originalidade de um filme, ou seja, a sua premissa é um fulgor criativo que se desvanece. Se por um lado Michael Cera está à altura do papel, por outro, sente-se uma falta de carisma dos vários actores secundários tais como Ray Liotta pois Steve Buscemi não agarra solidamente o papel mas apresenta alguns pontos altos em alguns momentos. Depois, temos a banda sonora. Suave, limpa e revoltada. Uma banda sonora que se rege, maioritariamente,  francesa com toques paralelos à própria história do protagonista revoltado.

Em suma, Youth in Revolt revela-se um ávido filme de uma adolescência contemporânea embora o seu completo exagero e o descuido na adaptação do argumento ao grande ecrã podem-se revelar os contras desta obra.

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sábado, 10 de julho de 2010

- Saw (2004)

 

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Saw – Enigma Mortal

Porn Torture. Quando em 2004 foi lançado Saw, um filme que conta a história de um misterioso homem denominado Jigsaw que cria enigmas mortais a fim de as pessoas envolvidas morrerem ou fazem coisas (in)imagináveis de um ser humano decente a fim de preservar as suas vidas, o mundo cinematográfico nunca mais foi o mesmo, o filme foi um sucesso de culto instantâneo.

 

Então, em 2004 com Saw iniciou-se um novo nível de Terror – Porn Torture. Onde a dor é subjectiva. Assim, o filme leva-nos a percorrer situações maquiavélicas e mortais enquanto dois homens estão presos numa sala e têm de lutar pela sua vida através do jogo de Jigsaw, tudo isto juntamente com os aspectos técnicos do filme que se revelam espantosos e criam a atmosfera com a tensão e terror apropriada sem deixar para trás marcas de thriller.

 

Em suma, Saw estabeleceu um marco na meca do Cinema. Oferecendo mais que terror e mais do que simples homicídios, Saw oferece um história com twists e adrenalina. Um cult movie capaz de nos mexer psicologicamente!

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“Game Over”

quinta-feira, 8 de julho de 2010

- The Dreamers (2003)

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The Dreamers – Os Sonhadores

No final dos anos 60, Matthew (Michael Pitt), um jovem americano apaixonado por cinema, viaja para Paris a fim de aprender francês. Durante esse tempo, visita a Cinemathéque française e é então que encontra dois amigos – Isa (Eva Green) e Theo (Louis Garrel). Estes dois irmãos, vivem em constante revolta com o mundo e em perfeita harmonia com o cinema e a restante cultura mas ambos traçam laços entre sim incomuns para irmãos e Matthew vê-se envolvido numa espécie de triângulo amoroso.

 

Os Sonhadores é um filme prodigioso envolto em cultura de Keaton a Chaplin, Clapton a Hendrix, do Maoísmo, da guerra do Vietname e de todos os restantes assuntos em redor. Entretanto, no filme, também se dá a revolução da Cinemathéque contra o afastamento de Henri Langlois e a aparição de Jean-Pierre Laúde e toda a nostalgia da era de 68.

 

O elenco está fabulosamente sublime – Eva Green, Michael Pitt e Louis Garrel revelam-se actores perfeitos em personagens imperfeitas. Cada uma com o seu valor distinto mas todos eles ligados de certa forma. Depois, a sonoplastia revela-se espantosa e embeleza o fundo do ecrã magnífica que reflecte um profundo exercício de cultura e, mais especificamente, de cinema.

 

Posso dizer que em The Dreamers, Bernardo Bertolucci realiza algo mais profundo que possa aparentar, no meio de revoluções, juventudes e saberes, The Dreamers é uma ode ao Cinema.

 

The Dreamers

terça-feira, 6 de julho de 2010

- Sex and the City 2 (2010)/ He’s Just not that into you (2009)

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Sexo e a Cidade 2 volta a reunir Carrie (Sarah Jessica Parker), Charlotte (Kristin Davis), Miranda (Cynthia Nixon) e Samantha (Kim Catrall) num dos seus dramas carregados de sentimentos, luxúrias, extravagâncias e manias de dietas. E o filme é basicamente isto. Um desfile de moda (com roupa, por vezes, muito feia) com uma história que serve de pretexto para levar as pessoas ao cinema. A única coisa a favor deste filme é as gargalhadas que, por vezes, poderão surgir.
4/10
P.S. – Olhem que poster horroroso, pus de propósito para verem mau photoshop.

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Ele não está assim tão interessado, é um filme com uma história completamente estereotipada de encontros e desencontros, de relacionamentos e de rompimentos. Enfim, a realização, por sua vez, também se banal mas no fim de tudo o cliché do filme é o seu ponto chave. Propositadamente ou não, o cliché assume na forma na medida que os relacionamentos também são clichés e o próprio filme ajudar-nos-à a conhecer pessoas que estiveram naquelas posições ou talvez até nós mesmos nessas posições.
  6/10

segunda-feira, 5 de julho de 2010

sábado, 3 de julho de 2010

- Blindness (2008)

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Blindness – Ensaio sobre a Cegueira

“Em terra de cegos, quem tem olho é rei.”.Blindness é um filme baseado na obra homónima do “nosso” português, José Saramago. A história centra-se numa dada população num dado sítio quando, subitamente, todas as pessoas começam a ficar cegos. Entretanto, esses mesmos cegos vão ser instalados numa espécie de exílio de forma a não espalhar o que se pensa que é um vírus. Então, essas pessoas ao viver cegas irão voltar aos seus estados mais primitivos.

 

Our vision of the world. Will change forever. Blindness não tem como função, a meu ver, demonstrar a cegueira mas apenas serve para explicar um feito maior. O que se intitula como Ensaio sobre a Cegueira poderia ser muito bem chamado de Ensaio sobre as Pessoas. Porquê? Saramago com este livro e o realizador, Fernando Meirelles, tentam mostrar o nosso estado mais primitivo e, talvez, o estado que nós todos temos em comum. Talvez sirva para demonstrar uma visão infeliz do que uma pessoa é. Conhecendo Saramago, depressa vemos, através da televisão por exemplo, a sua visão catastrofista do que o ser humano é. Talvez a palavra para descrever este filme e o autor do livro seria céptico. Mas ser céptico não significa necessariamente mau.

 

Depois, temos os restantes aspectos. O elenco está espectacular com nomes tanto sonantes como talentosos como Mark Ruffalo, Julianne Moore, Danny Glover, Gael García Bernal, entre outros. Depois, a coordenação dos perfeitos movimentos e usos da câmara com a sonoplastia com o cuidado mise en scène e toda a adaptação da cegueira está espectacular.

 

A vertente filosófica e a renúncia ao nosso estado base faz-nos reflectir. Reflectir é o grande propósito desta obra. Por isso é que o cinema é arte. Porque existem obras como esta, obras que nos fazem reflectir/pensar e nesta leva-nos ao ponto de pensar na decência de um ser humano perante condições paupérrimas e perante uma anarquia num completo exílio. Eu digo viva!

 

“A cegueira instalou o pânico, ou o pânico instalou a cegueira.”

 

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sexta-feira, 2 de julho de 2010

- The Twilight Saga

 

Em vésperas de postar a crítica ao mais recente filme desta saga, Eclipse, que fui ver na estreia, deixo-vos as pontuações dos dois filmes anteriores, claramente inferiores a Eclipse.

 

Twilight – Crepúsculo (Crítica aqui)

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New Moon – Lua Nova (Crítica aqui)

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