sábado, 14 de agosto de 2010

- Heartless (2009)

 

poster_Heartlessonesheet Heartless

Heartless foi o grande vencedor do Fantasporto 2010, a partir daí, o filme de Philip Ridley deixou de ser um desconhecido na blogosfera. Um filme com traços distintos de independente que decorre totalmente paralelo aos paradigmas hollywoodescos.

 

O filme situa-se na Londres de hoje, uma Londres com lugares abafados pela criminalidade e repletos de gangues. Lá, Jamie (Jim Sturgess), um rapaz com uma marcas de nascença visíveis, vive sem perceber como o mundo funciona, ele tenta compreender mas não consegue, até que um dia um gangue assassina a sua mãe e ele terá a oportunidade de fazer um acordo com um homem que age em prol da violência e do caos e assim ele ficará, a seu ver, bonito (sem as marcas de nascença) mas o grande problema será que ele terá que matar pessoas a fim de preservar a sua chamada beleza.

 

O que a sinopse indica pode ser interpretado de diversas formas. Simbolismos. A mais óbvia, contudo, não é a do filme. Este, percorre os limites da sanidade de um Homem através dos seus medos, paixões, revoltas, reflexões, paranóias, etc.

 

Mais que uma película gore, Heartless de Ridley  que, já agora, conta com boas interpretações, com uma fotografia aprazível e com uma marcante banda sonora, Heartless revela-se um filme de paranóias e visões de sociedades. Não digo que Heartless seja um retrato social mas do que retrata é fidedigno. E aí foi o que a fita de Heartless venceu pois assumiu-se mais que um filme tecnicamente competente e mais que um filme de terror, Heartless é um filme com história.

 

heartless-original

Aj: ”Do you know what life really is, Jamie? A meaningless pile of shitty chaos.

Accepting it - that's the real bravery. To know that nothing means anything
and still wanna get out of fucking bed. "God's will"! There is no God.”

Jamie: “If there's no God then there's no force of good and that means that there can't be evil. And there's definitely evil.”

 

5 comentários:

Anónimo disse...

Bruno...
ainda não assisti esse...
mais irei em breve...
adoro os limites...
da sanidade...

Beijos

Leca

Catarina Norte disse...

Não consegui ir vê-lo ao Fantas :( na altura li a sinopse e pareceu-me interessante...e a tua crítica vai nesse sentido!

Cumprimentos

Bruno Cunha disse...

Leca, o filme retrata esse ponto. Vê!

Andreia, combinado.

Catarina, o conceito do filme é mesmo interessante e ao ser o vencedor do Fantas já revela qualidades.

Abraços

DiogoF. disse...

A crítica deixou-me com vontade de ver.

Abraço.

Bruno Cunha disse...

Diogo, vale a pena, acredita.

Abraço