sábado, 15 de maio de 2010

- Já vi: Lost in Translation (2003)

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Lost in Translation – O Amor é um lugar estranho

Tóquio. Charlott (Scarlett Johansson) está de visita ao país enquanto o seu marido veio em trabalho. Por outro lado, Bob (Bill Murray) um actor que está lá em negócios, ambos desolados da vida partilham algo em comum – o mesmo hotel. Nesse hotel, e entre eles nasce uma relação amiga que ambos irão disfrutar nos dias que restarão lá…

Surpresa. Lost in Translation é uma verdade surpresa, do início so fim. A sua mostra de valores é essencial à vida, resulta em perfeita harmonia, um valor mais forte e base ao amor – a amizade.

Juntos, vivem uma grande aventura e, de repente, deparam-se, juntos, a enfrentar os seus fracassos mas, ao mesmo tempo, juntos fogem desses mesmos. Ambos procuram em Japão uma fuga. Algo onde se distanciar e daí no título ser Lost in Translation, perdidos na tradução, perdidos noutro mundo. E não como o horroroso título em português demonstra.

A realização de Sofia Coppola, responsável também pelo espantoso argumento, é poética. A relização leva-nos a outro nível, os encontros e desencontros num pacato mas requintado hotel levam a duas pessoas a serem encontradas. Amigos.

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A par da realização poética e do argumento magistral, temos algo fundamental num filme, não não falo da feel good banda sonora, falo das interpretações. Se por um lado Johansson se demonstra boa actriz, por outro, Bill Murray surpreende. Mesmo a combinar com os restantes frames do filme, o actor apresenta-se numa total sincronia de comédia no meio de tristeza e amargura. Brilhante será a palavra ideal para descrever a sua interpretação.

Nada mais nada menos, Lost In Translation é um filme refrescante. Não pela sua temática mas pela forma como a aborda, pois mesmo a falarem de fracassos, solidão e dúvidas, Lost In Translation desperta em nós amizade e esperança. Isso não é espantoso num filme?

Claro que todos nós gostamos de finais felizes, mas por outro lado, apenas restam resquícios desses mesmos pois os finais infelizes, ou menos felizes, são aqueles que perpetuam na nossa mente…

 

bill

9 comentários:

Marcelo Pereira disse...

Silencioso e poético. Grande filme, sem dúvida. E já reparei que viste o Single Man! Fico à espera da crítica.

Abraço

Bruno Cunha disse...

Marcelo, é mesmo muito bom o filme.
A crítica sai para a semana.

Abraço

Mateus Souza disse...

Esse filme é maravilhoso. Um dos meus preferidos. O casal principal está maravilhoso, o texto de Coppola também.

Uma pena Murray não ter levado o Oscar por esse papel. Sean Penn maldito, haha!

Ah, tem outro filme de Murray, Flores Partidas, onde ele faz um personagem muito semelhante ao seu em Encontros e Desencontros. Uma boa dica.

Abraço.

Bruno Cunha disse...

Mateus, obrigado pela dica e Murray está mesmo espectacular!

Abraço

Tiago Ramos disse...

Um dos meus argumentos e filmes preferidos de sempre.

Bruno Cunha disse...

Tiago, eu sei! :)

Abraço

Loot disse...

Um dos meus favoritos dos últimos anos. Adoro-o e nele apaixonei-me pela Scarlet

ArmPauloFerreira disse...

Um grande filme, muito bem contado e com subtilezas suficientes para se interpretar um nível diferente de amor.
Quando saí do cinema na altura saí abismado com esta segunda obra da Sofia Coppola, que depois das Virgens Suicidas, ganhou logo um culto ainda mais confirmado com este filme no Japão.
Foi também com este filme que a Scarlett mostrou o seu melhor como actriz e já nele sugeria ser ter muita sensualidade.
Boa review.

Bruno Cunha disse...

Loot, Scarlet prova neste filme que á mais que uma cara bonita.

ArmPauloFerreira, antes de mais, obrigado.
Este foi o primeiro filme que vi de Coppola e deu-me entusiasmo para ver outras obras da realizadora. Este filme, veio a provar que Scarlet é mais que uma cara bonita e que Murray está excelente.

Abraços