sábado, 8 de maio de 2010

- Já vi: Man on the Moon (1999)

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Man on the Moon

Aquele que queria ser o maior artista de todos os tempos, Andy Kaufman, é-lhe concebida uma biopic que desde os créditos iniciais que notamos que o filme não é para todos. Desde o início que Milos Forman assinala uma posição no filme.

Man on the Moon, como referi anteriormente, retrata a vida de Andy, uma vida que foi toda ela um constante fluxo de representações, um desses casos era o seu alter-ego, Tony Clifton. Andy não se condiderava um comediante, aliás, a sua peculiaridade faz-nos questionar se ele quer entreter o público ou a ele mesmo, ele mesmo considerava-se um song-and-dance-man. Desde já, confirmamos o estatuto deste filme que não é para todas as pessoas, e nem Andy Kaufman era para todas as pessoas.

A fita lucra de inúmeros aspectos e um dele é irreverentemente obrigatório referir – Jim Carrey(!), esqueçam os seus outros filmes, Man on the Moon é o filme onde vemos brilhar, onde prova o seu génio, onde carrega o filme às costas, denota-se aqui a sua extrema devoção a um papel complexo assim como Carrey, mas brilhante. A sua versatilidade ou o seu compromisso que arrecada riso como facilmente arrecada a lágrima. Carrey faz jus ao legado de Kaufman. Através deste filme, Carrey mostrou que Kaufman foi, gradualmente, preparando a sua imortalidade, a sua passagem da vida para a morte pois, de acordo com ele, a vida é a maior comédia de todas mas também um belo lugar.

Em suma, O Homem na Lua, arrecada um estatuto privilegiado no nosso coração, seja através da competende montagem, da direcção artística, da aprazível banda sonora, do argumento ,do elenco que é sombreado por Jim Carrey, seja por Forman, seja por Andy Kaufman, Man on the Moon irá sempre merecer ser visto e revisto, um filme que não nos dá uma resposta, mas dá-nos tempo para nela(s) reflectir…

Moon congas

10 comentários:

Roberto Simões disse...

Hix... ora aí está um notão!
Eu não lhe atribuiria tanto, ainda que se trate de um filme inteiramente excepcional, com uma fabulosa performance de Jim Carrey.

4/5

Cumps.
Roberto F. A. Simões
CINEROAD – A Estrada do Cinema

Rui Francisco Pereira disse...

Curiosamente, e mesmo tendo visto o filme apenas uma vez, também não lhe consigo atribuir mais do que 4*.

Acho que lhe falta alguma coisa para ser uma obra-prima... mas não sei bem o quê.

Com certeza o defeito não estará em Jim Carrey, que tem a melhor intepretação da sua carreira.


Abraço

Bruno Cunha disse...

Roberto, mais uma décima e seria considerado uma obra-prima para mim!

Rui, são gostos, mas a interpretação de Carrey é mesmo estrondosa!

Abraços

JB disse...

Mas porque carga de água nao deram o Oscar a Carrey por este filme??? Não precisaria fazer mais nada na vida para ficar para a história...

Bruno Cunha disse...

João, Carrey já foi várias vezes injustiçado pela Academia...

Abraço

Anónimo disse...

Vim até aqui...
para te trazer gentilezas...
e beijos gentis...
Leca

bruno knott disse...

Concordo totalmente com os seus elogios ao Jim Carrey e ao filme em si.

Nota: 8!

Bruno Cunha disse...

Leca, obrigado!

Bruno, é um filme único.

Abraços

ArmPauloFerreira disse...

Nota altíssima mesmo.
Inteiramente justa para o actor mas não para o filme em geral, que vive dele inteiramente.

Mas é um grande filme que pertence ao que considero ser a primeira trilogia de Jim Carey, que sucessivamente em 3 filmes (The Truman Show + Man on the Moon + The Majestic) mostrou ao mundo e à Academia que é um "enorme" actor, para se levar a sério e não somente o das palhaçadas como Ace Ventura que por norma fazia na altura. Dos 3 filmes, o Truman Show é o mais magestoso.

Jim Carey é o mais digno sucessor do grande Jerry Lewis e a esse também a Academia (a nojenta da Academia) nunca soube reconhecer o mérito do seu impressionante trabalho (OK deu-lhe um "rebuçado vergonhoso" aqui há uns anos atrás para não parecer tão mal mas não o deu pelo trabalho como actor).

Jim carey está fadado a, por melhor que faça, a nem o verem como actor de primeira linha e ficará sempre relegado ao panteão dos cómicos que a Academia gosta de ignorar.
Depois dos belos 3 filmes que referi, ele voltou a fazer mais papeis de alto nível (o impressionante Eternal Sunshine of the Spotless Mind é um exemplo) e a sina dele continuou.
Ele não é um poderoso de Hollywood como a Sandra Bullock...

Bruno Cunha disse...

ArmPauloFerreira, o filme vive, em grande parte, de Carrey. Mas este mesmo filme tocou-me imenso.
Jerry Lewis era um humorista nato que nunca foi reconhecido, assim como acontecerá com Carrey.
Eu gosto imenso de Ace Ventura!

Abraço