The Wrestler – O Wrestler
The Wrestler foi ditado, em parte, pelo grande regresso (ou ressurreição, se preferirem) de Mickey Rourke. Assim como Rourke, a sua personagem, Randy, ressuscita. Rourke nos palcos da interpretação. Randy nos palcos do wrestling. O laço que os une é que nos filme são o mesmo, simplesmente sublimes com uma epopeia de vida formidável e, em parte, semelhante.
Então, situamo-nos na história. Randy é um lutador de wrestling que fora dos seus grandes momentos de glória ainda dá pequenos espectáculos a fim de se manter vivo tanto financeiramente como socialmente. Sim, pois Randy vive daqueles combates totalmente sincronizados embora já não possua a garra de antes mas abraça-se com o carisma e o carinho do público de sempre. Mas Randy vai ter um ataque cardíaco que, de certa forma, vai-lhe despertar para a vida e ver o sentido desta mesmo fora do ringue. Randy, começa uma luta de afogar a sua solidão e manter os laços de amizade com a stripper Cassidy ( Marisa Tomei, num registo formidável) e reaver o amor da sua filha, Stephanie (Evan Rachel Wood).
Love. Pain. Glory. Palavras que, por muitos, ditam este filme extremamente afectivo mas, no entanto, eu apelido-o de um filme só, um filme de onde o valor mais alto se acentua é da solidão, afinal, todos morremos sós. Talvez seja esse mesmo o grande propósito desta produção independente de Darren Aronofsky que já nos apresentou com com o subvalorizado The Fountain e o esplêndido Requiem For a Dream (Crítica aqui). Talvez este seja um trabalho menor na carreira do realizador mas que serviu para os seus objectivos – ressurreição de Mickey Rourke e mostrar-nos os caminhos amargos e felizes que uma carreira e, por sua vez, uma vida pode ter. Pois a vida pode atingir o fundo mais fundo do mundo mas a esperança é sempre a última a morrer.
Focando no último parágrafo, Aronofsky mostrou-nos o sublime Mickey Rourke, deu-nos a ouvir espantosas músicas perfeitamente coordenadas para aqueles momentos específicos mas, mais que isto, Aronofsky quis dar-nos uma lição de vida. Missão Cumprida.
20 comentários:
Gostei muito do filme quando o vi.
A maneira como a câmera seguia Rourke era muito bem conseguida. Sentia-me como se lá estivesse.
A história como falaste é de solidão e passa muito bem a mensagem.
Um filme intimista.
Boa critica.
Abraço.
http://vidadosmeusfilmes.blogspot.com/
Apesar de não ser o Aronofsky que prefiro e que reconheço como um dos mais geniais realizadores da actualidade, estamos perante um filme irrepreensivelmente bem feito. De um realismo incrível.
5*
Cumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Ainda não o vi... tenho-o gravado na Zon box há meses mesmo. Este e montes de outros também. Mas estive a ver alguns trechos e estava muito bom o pouco que vi.
Bruno, o filme é mesmo tocante e Rourke está ao nível.
Obrigado.
Roberto, Aronofsky já fez melhor como já disse, mas, curiosamente, este é o filme com mais realismo dele, aliás, é totalmente realista e retrata a vida em si, talvez por essa diferença dos restantes trabalhos, os fãs tenham ressentido mas não deixa de ser um filme sublime.
ArmPauloFerreira, então vê! :)
Abraços
Gosto bastante de O Lutador (nome que o filme ganhou por aqui). Apesar de ter uma temática batida (o filme que deu o Oscar a Jeff Bridges esse ano é praticamente igual a esse) o filme tem um tom dramático excepecional. Mickey Rourke está ótimo e merecia, sim, o Oscar por esse papel.
Abraço.
Para mim é dos filmes mais sobrevalorizados dos ultimos tempos... é para mim uma cópia barata de "Rocky 1" ou mesmo de "Rocky Balboa" (o ultimo). E Rourke que me desculpe mas fica a perder para Stalonne (enquanto Rocky)
Mateus, o tema é um pouco retratado por todo o lado mas, no entanto, Aronofsky e Rourke dão outro rumo a esta história.
João, acho que não faço comparações. Rocky é caracterizado por clichés e por falas baratas e mais algumas coisas que eu pude reparar em pequenos minutos que vi dos filmes.
Mas opiniões são opiniões.
Abraços
Um filme rídiculo. Um drama de fazer chorar os mais fáceis e uma interpretação de Rourke pseudo-sentimental (ele limita-se a ladrar durante todo o filme, perdoem-me se não valor a uivos). Como é que Aronofsky comete uma calamidade destas?
Abraço
É um filme competente, mas nada de especial. É banal e facilmente esquecido.
Vi-o em sala, no Fantas do ano passado. Hoje, não sei se pagaria para o ver.
É um filme mediano e sobrevalorizado. Rachel Wood é a única que está realmente bem, e foi ignorada...
Abraço
Marcelo, calma! :)
Já percebi que não gostaste do filme.
Back Room, hoje em dia, dificilmente vejo um filme e depois não me arrependo de ter pago por ele. Penso, que se tivesse pago por este filme, não me teria arrependido.
Rui, Rachel Wood também está bem mas Rourke entrega-se de corpo e alma ao papel.
Abraços
Muit, muito bom!
Só viste agora?
Nesse ano foi o meu 2º melhor filme. O Rourke esteve soberbo!
Dora, só tive a oportunidade de o ver agora e, de facto, é muito bom.
Abraço
Quando o estavas a ver, não tinhas a sensação que o Rourke era mesmo a personagem? Muito bom!
Também eu não consegui gostar deste filme. Há demasiada coisa a pôr-me de pé atrás em relação a'O Wrestler.
Dora, completamente! É nessas alturas que se reconhece um bom actor.
Flávio, acredito, foi um filme que dividiu opiniões.
Abraços
Pois The Wrestler foi meu filme favorito do Aronofsky. :0
E concordo com a Dora e o Bruno: O'Rourke se transformou 100% em Randy, o lutador.
Belo filme.
Aronofsky aqui muda de registo o que foi interessante de ver. é um senhor que não tem medo de mudar e experimentar e eu gosto dessa faceta.
Que venha o próximo, juntamente com P.T. Anderson são dos "novos" realizadores que mais me entusiasmam.
Loot,a versatilidade é um ponto-chave que existe em poucos realizadores, juntamente com a qualidade. Os dois que referiste são dois realizadores muito talentosos.
Stella, o Rourke transformou-se em Randy mas The Wrestler não chega, a meu ver, aos calcanhares de Requiem for a Dream.
Abraços
Bruno, Requiem for a Dream foi um dos filmes mais doídos a que já assisti. Sofrimento destilado...
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