Funny Games
O jogo é simples. Escolher uma família e jogar!
Haneke realizou em 1997 a película Funny Games mas, infelizmente, como os americanos não vêem fitas europeias, Haneke copiou, frame a frame, Funny Games e fez assim uma versão americanizada.
Antes de iniciar a crítica ao filme em si, é de louvar Heneke e a sua paixão pelo seu Cinema pois não adicionou nada de novo a este filme em relação ao "original" o que significa que tem paixão pelo que fez e faz e que o filme era da maneira como era e nada precisava de ser cortado e/ou adicionado.
Funny Games centra-se assim em dois estranhos rapazes perturbados e perturbadores. Assim, os delinquentes irão subordinar a família Farber a terrores inimagináveis, sendo esta família constituída pela Ann (Naomi Watts), George (Tim Roth) e o filho de ambos (Devon Gearhart).
Neste momento ouço, curiosamente, o dvd ao vivo dos Kings of Leon Live at the O2 uma banda que é das minhas preferidas senão A preferida, curiosamente também é a banda preferida da Carlinha a minha grande amiga que escreve esta rubria juntamente comigo.
Agora percebo o que se diz de Haneke, os constantes "murros no estômago". Funny Games não se rege pelo terror fácil, aliás é um terror bastante subentendido onde a tortura psicológica (principalmente) e física são os ingredientes especiais. Para isso a película conta com Michael Pitt e Brady Corbet que interpretam espectacularmente dois jovens sádicos e perturbados que troçam de tudo e todos, críticam a sociedade, a vida, tudo em torno de sarcasmo e troça.
A família também está muito bem interpretada se, por um lado, temos uma Naomi Watts espectacularmente sofrida dotada um carisma brilhante, por outro temos Tim Roth que é o subordinado ao desespero e à tortura e, por fim, Devon Gearhart que abre portas futuras com a sua performance.
A película também é dotada de uma fotografia bela e interventiva assim como a banda sonora embora pouco usada.
Contudo, na minha opinião, o filme sobressaí-se por Michael Pitt e pelos seus jogos de enganos onde as palavras entretenimento e sofrimento são as palavras-chave do seu jogo maléfico e do filme em si.
Funny Games seria um filme único se não fosse cópia de outro...
Tagline:"-Why don't you just kill us?
-You shouldn't forget the importance of entertainment."
P.S.- Consultem, em breve, a crítica a Funny Games em Sweet Summer.
10 comentários:
Esse é um filme perturbador, faz a gente sofrer!
Stella Halley, é perturbador e fascinante!
Abraço
No geral concordo com a tua opinião, embora ainda não tenha visto o remake. Aproveita para descobrires a filmografia de Michael Haneke!
Discordo quando dizes que Haneke fê-lo para arrecadar espectadores europeus. Haneke é fã de experimentalismo, e fazer um remake 'frame-to-frame' é só um exercício, não uma prova comercial. E conta como isso mesmo, não como uma cópia. Quanto ao resto, estamos sim de acordo.
Abraço
*espectadores americanos, digo
Tiago, só vi este e gostei!
Espero continuar a ver essa filmografia...
Jackson, eu acho que esta obra serviu para o experimentalismo igualmente mas de certeza que realizá-lo para o espectador americano foi outro experimentalismo.
Abraço
Haneke é um realizador fenomenal, dos meus preferidos de sempre. Não sendo este dos meus favoritos, reconheço aqui um filme muito bom mesmo - pena não ser tão subtil como costuma ser a passar a mensagem. Manias minhas ;)
Abraços!
Flávio, neste não é tão subtil, oferece fácil tortura e a mensagem está bem explícita! :)
Abraço
Ainda só vi o filme original, que é muito bom.
O mesmo espero do remake, que verei em breve, espero.
Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema
Roberto, eu também espero ver o original mas tenho que deixar passar uns tempos senão é um déjà-vú :)
Abraço
Enviar um comentário