The Hurt Locker
The Hurt Locker é, provalmente, o grande opositor de Avatar na corrida aos Óscares. Não digo que sejam os dois mais capacitados em questões de qualidade a fim de vencer o Óscar mas são os grandes simpatizantes da indústria cinematográfica. Se um conquista o público (Avatar, crítica aqui) outro, por sua vez, The Hurt Locker tem arrebatado imensos prémios em festivais que, face ao Óscar, de menor importância, sem desvalorizar os prémios vencidos e sem, principalmente, desvalorizar a qualidade d'O Estado de Guerra (título em português).
The Hurt Locker situa-se no Iraque, mais precisamente numa equipa dedicada à desactivação de explosivos. Nela, um esquadrão liderado por Thompson (Guy Pearce) onde este é brutalmente morto pela explosão de uma bomba(e protagoniza uma das melhores cenas do filme).
Agora, o esquadrão adoptará um novo líder, Will (Jeremy Renner), um sargento viciado em adrenalida. Assim, os dois soldados ao dispor de Will terão que enfrentar grandes perigos que, devido ao espírito de Will, leva-os cada vez mais perto da morte. Então esse esquadrão terá de aguentar 39 dias a desarmar explosivos.
The Hurt Locker é, definitivamente, um grande candidato ao Óscar de Melhor Filme.
O Estado da Guerra inicia com um fundo preto onde são proferidas as seguintes palavras: "The rush of battle is often a potent and lethal addiction, for war is a drug". Estas palavras desaparecem do fundo preto e restam apenas três palavras - "War is a drug" (A guerra é uma droga). É, basicamente, o ponto-chave desta película - a guerra como um vício/droga.
Se no filme somos confrontados com a guerra em si, por outro lado, temos a vertente humana que explora o medo, a ansiedade que é vivida por este esquadrão.
O esquadrão junta três objectivos soldados que servem como um estereótipo, sendo um deles viciado na guerra, Jeremy Renner, um com o constante desespero da morte, Brian Geraghty, e um soldado bastante decisivo no seu propósito que quer apenas cumprir o seu tempo, Anthony Mackie.
É assim que vivemos a experiência de estar na guerra.
Jeremy Renner merece, indubitavelmente, a nomeação para Melhor Actor. Mas enquanto surge essa nomeação à qual a vitória não se justifica, o ecrã também se divide com Mackie e Geraghty que servem papéis secundários com bastante eloquência e com grandes performances.
Os pequenos papéis de Guy Pearce, David Morse e Ralph Fiennes são pequenos papéis mas com grane brilho e estatuto que dão ao filme.
Assim, The Hurt Locker revela-se um bom projecto que não se caracteriza pela realização de Bigelow fora escassos momentos que se tornam esplêndidos mas pelas interpretações que se dedicam de corpo e alma ao seu papel, onde o papel é divido entre a Guerra/Soldados/Iraquianos.
Definitivamente, war is a drug.
Tagline:" If I'm going to die, I'm going to die comfortable."
2 comentários:
Quero ver, mas não o anseio como se o mundo acabasse amanhã. Mais pela projecção nos Óscares e crítica, penso. De qualquer das formas, logo se verá.
Abraço
Flávio, o filme também despertou-me interesse devido à grande arrecadação de prémios pois o filme em Portugal estreou muito cedo, mas com certeza que vale a pena...
Abraço
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