The Matrix: Reloaded
Eu já tinha visto este filme múltiplas vezes devido à compra do vhs, no entanto, esta semana vi The Matrix: Reloaded com “olhos de ver”.
Num abrir e fechar de olhos, as máquinas iniciaram as escavações a fim de entrarem em Zion. Morpheus (Laurence Fishburne) pensa que é um acto de desespero enquanto o Comandante Lock (Harry J.Lennix), que mantém uma rivalidade com Morpheus, faz de tudo para se preparar para esse ataque em vez de acreditar na profecia. A profecia deve-se a Neo (Keanu Reeves) que neste episódio fará tudo para tentar conseguir entrar na Fonte e destruir Matrix enquanto se vê empenhado em escolhas difíceis que terá de escolhar Zion ou Trinity (Carrie-Anne Moss). Ao mesmo tempo Smith (Hugo Weaving) torna-se um ser mais poderoso e com o objectivo de matar o Escolhido e fazer caos.
Onde antes havia uma execução perfeita na equivalência entre cenas de acção/diálogos, em Reloaded essa execução torna-se muito mais evidente pois o grande destaque deste episódio vai mesmo para a coordenação de ataque em perfeita sintonia com os diálogos. Outra das grandes vantagens (pois são poucas) é Hugo Weaving que destrona qualquer um com a sua arrebatadora performance e os seu vilões pois há vários Smith’s.
Mas se por um lado existe uma extrema coordenação entre as sequências de acção e os diálogos, estes últimos parecem muito mais insonsos e, principalmente, a Oráculo que profere nos seus diálogos “hope” quando ela sabe tudo. E ainda por outro lado, temos as sequências de acção, que, por vezes, revelam-se excepcionais e noutras alturas o excessivo abuso dos efeitos especiais remete-nos para dentro de um videojogo e o perfeito exemplo disso é mesmo a sequência de acção Neo vs Smith após a visita ao Oráculo.
O argumento antes espectacularmente concebido, agora, revela-se com clichés e muito confuso.
Assim, Matrix: Reloaded revela-se um ponto fraco na história que eu diria o pior da trilogia se não soubesse que vem aí Matrix: Revolutions. Em suma, Reloaded deixa a desejar com o seu abuso descontrolado de efeitos especiais e com os diálogos insonsos que embora estejam em perfeita harmonia, apenas a sua ligação é que é de dar destaque. Não é uma obra-prima.
Tagline:”Tonight, let us make them remember, THIS IS ZION AND WE ARE NOT AFRAID!”
8 comentários:
Oi, sumido!
Matrix pra mim só o primeiro! as duas continuações são puro entretenimento e tenho dito, abs
Revi as cenas da luta no castelo e a perseguição na autoestrada e a luta com os smiths vezes sem conta, primor de edição. o resto do filme...boring....
Sequências de luta coreografadas ao pormenor, mas totalmente irrealistas (já as vi vezes sem conta, também).
De resto, uma mistela pseudo-filosófica ridicualmente complexa para o que se pedia.
Um falhanço, comparado com o primeiro filme.
Abraço
P.S.- Se andas a rever a trilogia, esquece o terceiro. Não o vejas, que é horrível :P
Cristiano, estes dois capítulos nem deviam chamar-se Matrix daí me ter referido na crítica ao primeiro como uma hipótese de remake dos dois episódios seguintes.
Cine31, um filme usa e abusa de forma incontrolada dos efeitos especiais!
Aquela cena a seguir à visita do Oráculo, parece que estamos dentro de um videojogo!
Rui, é verdade que estão bem coordenados e ainda possui a vertente filosófica (embora mal apoveitada), um falhanço.
Eu já vi esta trilogia e sei quanto é que vale o terceiro capítulo, ou melhor, o que não vale!
Abraço
Estou de acordo com a crítica. Quanto ao filme, é claro que rendeu dinheiro, mas os seus propósitos acabam aí.
Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema
Roberto, mais que render dinheiro, Matrix tinha de ser sinónimo de qualidade,
Abraço
O Reloaded pode ser visto conforme o analisa aqui. É uma sequela que não trás justiça total ao que foi estabelecido no filme de onde origina. O original, era uma fusão perfeita do intelectual e filosófico (e não só) com a arte de fazer filmes de grande acção, de entretenimento e de grandes efeitos visuais.
Contudo, eu sempre vi o Matrix como um veiculo contemporâneo do universo dos super-heróis. Neo é um super-herói no universo virtual, e "Matrix", apresenta-nos a sua origem e os seus primeiros feitos. Tudo foi estabelecido dessa maneira e obviamente, que teria de ser revisto também em jeito de mais aventuras.
O Matrix Reloaded... digamos que é a tal aventura dos tempos seguintes, onde nos é mostrado tudo aquilo que este "super-herói" pode e consegue fazer.
O filme nesse contexto é um prodígio absoluto e acho toda a encenação da acção fantástica, desde o momento em que Neo é "recebido em luta" com o chinês até finalmente chegar ao ponto chave com o Criador. Tudo imparável, de tal forma que o meu DVD do Reloaded arrancava no capitulo 21 e só terminava no Criador (este é o que mais vezes vi devido a estes capítulos).
Agora há um outro nível que o primeiro tinha e que a sequela tinha de desbaratar. Afinal no 1º o que o tornava especial era ver o caminho de se encontrar o Escolhido e isso era feito com imensas alusões filosóficas, religiosas, o heroismo, etc.
Para o Reloaded ser melhor e ultrapassar isso, teria de o neo não ser o escolhido e passar a ser ele a procurar o "tal especial" e assim o Reloaded ser uma sequela idênctica ao primeiro. Como não era isso que o mundo queria, o passo seguinte seria mostrar as capacidades de Neo e companhia.
"Matrix Reloaded" não é melhor que o "Matrix" mas é um dos filmes que mais prazer de acção visual me dá...
Matrix... 10 anos depois continua vigoroso é o artigo onde opinei um pouco desta trilogia e aonde até mostra umas fotos da minha caixinha especial...
ArmPauloFerreira, penso que Reloaded perdeu-se no mainstream na tentativa de deixar o espectador colado ao ecrã com as capacidades de Neo mas a dar pouca relevância à história.
Embora Reloaded esteja bastante bom nas sequências de acção e na perfeita harmonia destas com os diálogos, as sequências de acção tornam-se exageradas onde, por vezes, já vemos o boneco de Neo em CGI enquanto que os diálogos tornam-se absurdos!
Matrix é um produto desprovido das expectativas em seu redor...
Abraço
P.S.- Vou passar por esse artigo!
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