terça-feira, 19 de janeiro de 2010

- Já vi: Annie Hall

Annie Hall
Woody Allen é um génio Cinematográfico que de pequeno só mesmo a sua altura. 
Por muitos considerada a sua obra-prima, Annie Hall, não me passou ao lado.
Sou grande fã de Woody Allen, o seu lado neurótico e, por vezes, excêntrico sempre me deu razões para sorrir e os seus filmes sempre ultrapassaram as minhas expectativas.
Não há dúvida que (500) Days of Summer(crítica aqui) foi uma inspiração deste filme, embora adaptada à cultura pop dos dias de hoje. Annie Hall destaca-se no género e na cinematografia de Allen.

 


Alvy Singer (Woody Allen) é um comediante neurótico com uma visão pessimista da Vida que, após vários insucessos amorosos, descobre Annie Hall (Diane Keaton) uma actriz/cantora. Agora, a câmara focaliza as suas vidas em conjunto e, eventualmente, as suas peripécias em Nova Iorque(principalmente).


Annie Hall destaca-se pelo trabalho notável de Allen à frente e atrás das câmaras. 
Interpretações, banda sonora, narrativa, tudo está espectacularmente concebido nesta obra datada de 1997. 
Woody Allen critica, sulblimemente, a sociedade contemporânea, o constante amor e desamoro, a influência da sociedade numa relação, acompanha desde o iníco até ao fim uma pacata relação que aparece no meio das vidas de duas pessoas e que após o seu término procedem com a sua vida; Annie Hall é assim mesmo, uma crítica profunda, ou será mesmo superficial (?), da sociedade em nosso redor.
 

Annie Hall explora os nossos comportamentos heterogéneos que muitas vezes ditados pela sociedade ou pelo amor, como um amigo meu escreveu "Amor e realidade não combinam. Definitivamente", aqui a chave do amor não é a realidade mas a própria conformização da relação com a realidade e da sua exploração, eventualmente. A complexidade do nosso comportamente também é aqui revista e Allen transcende-se assim para a tela para um indivíduo que mais se parece a si mesmo e a prova foi a peça de teatro escrita no próprio filme que nos simboliza isso mesmo.
 

Enfim, Annie Hall não se revela um projecto de perfeição mas também não era esse o seu propósito, a fita tem assim um destaque no género dramedia e no subconsciente de cada um face à relação.
Mais que uma comédia romântica e/ou a crítica à Relação hoje em dia, Annie Hall reflecte uma das maiores procuras da nossa vida - verdadeiro amor.



Tagline:"That sex was the most fun I've ever had without laughing." 

"There's an old joke - um... two elderly women are at a Catskill mountain resort, and one of 'em says, "Boy, the food at this place is really terrible." The other one says, "Yeah, I know; and such small portions." Well, that's essentially how I feel about life - full of loneliness, and misery, and suffering, and unhappiness, and it's all over much too quickly. The... the other important joke, for me, is one that's usually attributed to Groucho Marx; but, I think it appears originally in Freud's "Wit and Its Relation to the Unconscious," and it goes like this - I'm paraphrasing - um, "I would never want to belong to any club that would have someone like me for a member." That's the key joke of my adult life, in terms of my relationships with women."

 




 

12 comentários:

Rui Francisco Pereira disse...

Começei a ver mas, estranhamente, não me estava a nutrir muito interesse.
Por acaso não o acabei de ver, mas acredtio que não me fosse agradar muito.

Abraço

Bruno Cunha disse...

Rui, gostos são gostos...

Grande Abraço

Roberto Simões disse...

Brilhante. Dotado de um argumento assaz estimulante que explora, com profundo sentido satírico, as relações amorosas, «Annie Hall» consegue ser muito mais do que um pedaço de boa escrita. Bom filme!

Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema

Bruno Cunha disse...

Roberto, ainda bem que fiz esta escolha inteligente e vi este maravilhoso filme que encanta logo na cena inicial!

Abraço

Flávio Gonçalves disse...

É dos meus preferidos do Woody. Tem um argumento hilariante, inteligente, e rápido, o que o torna tentador e magistral. O Manhattan é muito bom mas penso que, por razões pessoais, prefiro o belo Annie, talvez por o ter visto primeiro... ou, sei lá, pela protagonista :P

Abraço e bom texto :P

Bruno Cunha disse...

Flávio, as obras que vi de Allen foram de 2000 até aos dias de hoje, espero Whatever Works com ansiedade, que significa que ao visionar Annie Hall deparei-me com o telento absoluto de Allen que tem vindo a propagar-se ao longo da sua lista de filmes mas, no entanto, Annie irá perdurar na memória daqueles que o viram...

Abraço e Obrigado

Jackson disse...

Annie Hall é do meu maioritário agrado, mas ainda assim - remando contra a maré de críticos que apregoa o contrário -, prefiro o Allen moderno, ou melhor, das suas obras mais modernas.

Abraço

Bruno Cunha disse...

Jackson, foi exactamente isso que referi no comentário anterior, Allen suscitou-me interesse após a visualização de filmes como Scoop ou Cassandra's Dream, ou seja, as suas obras mais contemporâneas, no entanto, Annie Hall é uma pérola na carreira de Woody Allen...

Abraço

Flávio Gonçalves disse...

e o Match Point, já viste? É o melhor da década, dele!

Bruno Cunha disse...

Flávio, já comecei a ver uma vez mas não acabei...

Abraço

Nuno Pereira disse...

Veuceu o StarWars na corrida ao melhor filme em 1978 :(

Bruno Cunha disse...

Nasp, são ambos de diferentes géneros...


Abraços