Control
Sou daquelas pessoas que a escrever ou a concentrar-me em algo que requer essa mesma atenção não ouço música, ou melhor, prefiro o silêncio. Contudo, aqui vou falar de Control acerca do vocalista da banda Joy Divison - Ian Curtis.
E assim saliento que esta crítica é escrita ao som de Love will tear us apart e Disorder.
Control é uma biopic, (eu adoro biopics), do carismático vocalista dos Joy Divison, Ian Curtis, e Control não se foca na banda mas sim nesta personagem desde o seu começo no mundo da Música até ao seu trágico suicídio.
Mas antes de chegar a esse momento, Control centra-se na personagem, segue-a, vigia-a, espia-a, mostra o seu começo de vida amorosa juntamente com Debbie (Samanth Morton),da conciliação com a Música e, posteriormente, com a sua amante, Annika (Alexandra Maria Lara); mostra o início da epilepsia, mostra a sua ascensão, mostra o seu mundo mas mais do que isto tudo, Control foca-se nos sentimentos cruéis de Ian Curtis e da sua curta vida. Mostra-a como foi na tela- curta.
Control. Controla-te. Controla-os.
Sam Riley e sua performance mostra que melhor que ele só Curtis, o preto e o branco mostram a cores a vida triste de Ian.
Banda sonora espectacular assim como os planos do filme magestrosamente planeados, fotografia espectacular e transmissores da vida de Ian e do seu papel secundário numa vida injusta e enganosa.
Control prolifera a nossa mente no vazio, transcende da tela e mostra-nos a vida miserável que nos pode abastecer a casa minuto que passa.
Control não podia ser melhor. Disorder era a sua vida, amor era dividido.
Monólogos da sua vida eram espectacularmente concebidos.
Enfim, Control é uma obra apelidade de melhor do ano e memorável, contudo apelido-a das melhores de sempre.
No fim(?), embora a música deles denomina-se She Lost Control,o filme mostra Ian curtis e He lost Control.
Tagline: "The past is now part of my future,The present is well out of hand "
DVD adquirido na colecção Ipsilon II
10 comentários:
É um dos melhores filmes da década.
Um filme de teor mais que documental, uma notabilização de um ícone da música e de canções intemporais, muito realçadas pelo preto e branco, que assenta em cada cena como um ponto final contemplativo, a cada frase das letras da banda, numa tortura psicológica e de confissão. Um filme onde o espectador se confronta a sós com Ian Curtis e os seus fantasmas.
Ler mais: http://splitscreen-blog.blogspot.com/2009/04/dvd-control-por-tiago-ramos.html#ixzz0dckWBMFT
Será das minhas próximas críticas, certamente. Guardo as melhores referências. Depois passo por cá e comento, assim que assistir ao filme.
Roberto Simões
CINEROAD
Óptima crítica, Nekas! Sabes, ontem vi-o (comprei-o com o Público) e gostei mesmo muito - não ao ponto, contudo, de lhe dar uma classificação tão generosa.
Abraço ;)
Muito bom. Um P/B fantástico para uma vida que teve de tudo um pouco: da ansiedade à fama até o que torturava a mente de Ian Curtis. Um grande documento para o cinema.
9/10.
Abraço.
Tiago Ramos, saliento o que disseste, o filme deixa-nos a sós com Ian Curtis.
Roberto, comenta e eu também comentarei o teu.
Flávio, obrigado :)
São gostos, eu cá adorei...
Red Dust, exactamente - um grande documento para o Cinema.
Abraços
Já o vi algumas vezes - todos com quem me dou, são fãs devotos de Joy Division - e ainda assim o acho sobrevalorizado. Mas, ainda assim, vou revê-lo com mais atenção.
Abraço
Jackson, não sou um fã ferrenho dos Joy Divison mas há músicas que não me passam ao lado, quanto ao filme não o acho, de todo, sobrevalorizado mas subvalorizado pois o seu título não é conhecido por tantas pessoas como deveria ser...
Abraço
Como fã dos Joy Division, não podia concordar mais com esta análise.
O Homem Que Sabia Demasiado, ainda bem que concordas.
Como deves ter lido, não sou fã de Joy Divison mas adoro algumas das suas músicas...
Abraço
É, de facto, um bom filme. Não ao ponto de lhe dar uma nota tão alta, mas é visualmente fascinante e atractivo e flui de forma muito interessante.
Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema
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